tag:blogger.com,1999:blog-67431968671641669002024-03-05T02:42:57.810-08:00Professor IvesRelações internacionais, carros, culinária, literatura… Ah, sim, Direito tambémIveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-90343436984729975982022-10-03T15:02:00.002-07:002022-10-03T15:12:21.547-07:00O Segundo Turno de 2022<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgkqCxmzDXxXEwUjl0btqSVIf2ntgC0YVENgOxS3L4p-wB-GHjD_P0K_qSqF-V2ZYWoPtukMV3SloL7Rg9WLqqo2OU429IlljTJXobw3HLYUpyHuwwUypVVxYD-jgOOazHJhT3rULspNO3M0rz0p7PcRmICg11qZ-UiOX3bpQvjuRvJk2-QvIB6x6N-" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1280" data-original-width="719" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgkqCxmzDXxXEwUjl0btqSVIf2ntgC0YVENgOxS3L4p-wB-GHjD_P0K_qSqF-V2ZYWoPtukMV3SloL7Rg9WLqqo2OU429IlljTJXobw3HLYUpyHuwwUypVVxYD-jgOOazHJhT3rULspNO3M0rz0p7PcRmICg11qZ-UiOX3bpQvjuRvJk2-QvIB6x6N-" width="135" /></a></div><p><br /></p><p>O maior escândalo de corrupção da história humana. </p><p>Na verdade, os dois maiores: Mensalão e Petrolão. </p><p>O uso do dinheiro desses escândalos para destruição da democracia, com compra de parlamentares, quebra da separação de poderes e aprovação de pautas que aumentassem ainda mais seu poder. </p><p>Aparelhamento escancarado de todas as instituições, também com vistas a perpetuação no poder e derrocada da democracia. </p><p>Destruição das bases da economia e, em consequência, a maior crise econômica da história brasileira (sim, pior do que 1929, que o choque do petróleo, que as crises dos governos militares, que o confisco do Collor). </p><p>Expulsão de jornalistas, perseguição à imprensa não alinhada, compra de jornalistas com dinheiro de corrupção ("blogs sujos", como eles próprios se denominavam). </p><p>Admiração aberta e declarada aos genocidas Hitler, Mao Tsé-Tung e Fidel Castro (a esse, até pessoalmente, várias vezes). </p><p>Apoio escancarado e, pior ainda, uso de dinheiro do povo brasileiro para financiar as piores ditaduras do mundo. </p><p>Uso do STF como um "tribunal privado" e, graças a ministros indicados por ele próprio, perversão de todas as regras mais básicas de Direito para fugir de condenações judiciais - e permitir, num claríssimo GOLPE, sua participação na eleição, ao invés de estar na cadeia. </p><p>Não existe nada pior do que o lulo-petismo. </p><p>Se eu tivesse de escolher entre o lulo-petismo e Belzebu, escolheria Belzebu sem nenhum medo de não estar optando pelo mal menor. <br /><br />Portanto, não, não vou anular meu voto. Recomendo que você pense bastante antes de anular o seu.</p><p><br /></p><p></p>Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-65559765289434364862022-03-01T07:58:00.014-08:002023-07-26T10:30:39.534-07:00A Invasão da Ditadura Putin contra a Ucrânia<p> <br /></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizeghUGDaR527y0GGzPNwqjiORWjQsSUHtc-uy3wb1w7Q8czAkTYwfqBoHeNGary5s3t0rpCpGXIeAwUvrbOAookkXm_EVntyvJXjd-PDzSXvFy_21k_4QGL_h3p8w0Ff8QDRarbv39W6Zf11L2EVJWHvk_VOXcBheYTLdjNPQ5Fakv7jrt1reuzF4=s1080" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="1080" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizeghUGDaR527y0GGzPNwqjiORWjQsSUHtc-uy3wb1w7Q8czAkTYwfqBoHeNGary5s3t0rpCpGXIeAwUvrbOAookkXm_EVntyvJXjd-PDzSXvFy_21k_4QGL_h3p8w0Ff8QDRarbv39W6Zf11L2EVJWHvk_VOXcBheYTLdjNPQ5Fakv7jrt1reuzF4=w389-h278" width="389" /></a></div><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A Invasão da Ditadura Putin contra a
Ucrânia<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Tenho visto muita gente, de boa fé,
acreditando nas maiores barbaridades sobre a invasão da Ucrânia. Então, bem
resumidamente, vamos explicar um pouco as coisas. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O imperialismo russo de hoje é descendente
direto do imperialismo soviético. Se você não entender isso, não entende
absolutamente mais nada. Depois que os bolcheviques tomaram o poder na Rússia,
fizeram o que socialistas fazem melhor: um gigantesco aparato militar para
opressão interna e um gigantesco aparato militar para opressão externa – ou seja,
para invadir outros países. E assim, um a um, foram invadindo, dominando e
“incorporando” países menores e mais fracos, com a imposição à força do regime
socialista. Isso é o básico sobre o nascimento da União Soviética. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como disse Ayn Rand, países livres vivem
da produção, enquanto países autoritários vivem do saque (com uma ampla
variação de um extremo ao outro). Países socialistas, dado o desastre que geram
na própria economia, dependem diretamente ou do saque puro e simples, ou
descambam para o trabalho escravo (e é incrível ver como ainda hoje há quem
diga que o nacional-socialismo de Hitler “consertou” a economia da Alemanha). A
alternativa é definhar na miséria, quando não conseguem saquear mais ninguém –
como se vê nos casos desesperadores de Cuba, Coréia do Norte e Venezuela. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não é surpresa nenhuma que o colapso da
União Soviética se deu exatamente quando, pela primeira vez, a invasão e saque
de um país deu errado. É claro que o fracasso no Afeganistão não é a única
causa, mas é sem dúvida uma das mais relevantes. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Assim que ficaram livres do jugo
soviético, inúmeros países conseguiram estabelecer governos democráticos – e os
que puderam correram para a OTAN, e correram IMPLORANDO para nela ingressar. O motivo,
óbvio, era o medo muito real de serem DE NOVO subjugados pela Rússia. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Entenda, então, como é ridícula a alegação
de “expansionismo” da OTAN. A OTAN não “se expandiu” porque não invadiu
ninguém. Ao contrário do que fazia a União Soviética, foram esses países, agora
com governos democráticos, que IMPLORARAM para nela ingressar. Aliás, o ingresso da Ucrânia foi negado anos atrás por França e Alemanha; se tivesse sido aceito, nada disso estaria acontecendo. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Quem foi aceito não foi invadido:
Lituânia, Estônia, Eslováquia, Polônia, Tchéquia, Bulgária, Albânia... Países e
regiões mais ao centro da Ásia não tiveram a mesma sorte: Ossétia, Geórgia,
Tchechênia e Moldavia (na Transnistria) foram simples e diretamente INVADIDOS pela Rússia. E, depois destes,
finalmente a Criméia, parte do território soberano da Ucrânia, em 2014. Se você
realmente acha que o ataque à Ucrânia é legitimado pela “expansão da OTAN”,
pergunte, por favor, qual a opinião de um habitante de qualquer um desses
países a respeito disso. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Com o fim da União Soviética, houve um
plebiscito na Ucrânia e mais de 92% da população decidiu abandoná-la. Em 2004, </span><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Viktor_Yanukovych" title="Viktor Yanukovych"><span color="windowtext" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-decoration-line: none;">Viktor Yanukovych</span></a><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
foi eleito de maneira fraudulenta, com ampla intimidação de eleitores e logo se
mostrou um servo da ditadura Putin. Isso gerou a revolta popular chamada de
Revolução Laranja. Os governos que se seguiram foram eleitos democraticamente
e, atendendo ao desejo do povo, cada vez mais distantes do domínio russo - <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Viktor_Yanukovych" title="Viktor Yanukovych"><span color="windowtext" style="text-decoration-line: none;">Yanukovych</span></a>,
ao se afastar dessa promessa, foi escorraçado na Revolução Maidan (aliás, não
deixe de assistir o documentário “Winter of Fire”, disponível no Netflix).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A ditadura Putin (e não “a Rússia”, veja
bem a diferença) não aceita essa independência. Não é “a Rússia” que fica sob
ameaça se a Ucrânia for livre; é, claro, somente o imperialismo russo sob
Putin. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3cm;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como disse o embaixador da Ucrânia na ONU,
a luta de seu povo não é apenas pela sua própria liberdade. Eles estão lutando
pela liberdade do mundo inteiro. <o:p></o:p></span></p><p></p>Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-88119844484067965572021-11-12T06:25:00.002-08:002022-03-01T07:56:31.538-08:00A Saída de Amoedo da Corrida Presidencial<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv-5k5mtsWznIsztXliJalB5qVSUBOL-9iMQPrJw2wJ2Et6CO7kzdA68rh6UqA1GOtFuhARqF8ChWwoHtgiUy1uEipQBkdpUYc6aVqZldsV36xaEQp5nQRA8gdn9NxreHJLOoa_7NOKpE/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="540" data-original-width="960" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv-5k5mtsWznIsztXliJalB5qVSUBOL-9iMQPrJw2wJ2Et6CO7kzdA68rh6UqA1GOtFuhARqF8ChWwoHtgiUy1uEipQBkdpUYc6aVqZldsV36xaEQp5nQRA8gdn9NxreHJLOoa_7NOKpE/" width="320" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p><div style="font-family: inherit;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;"><div class="ecm0bbzt hv4rvrfc ihqw7lf3 dati1w0a" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_rr" style="font-family: inherit; padding: 4px 16px 16px;"><div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v b1v8xokw oo9gr5id hzawbc8m" color="var(--primary-text)" dir="auto" style="display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Pensei bastante sobre a situação do NOVO e a saída de João Amoedo da disputa presidencial. Essa é a minha opinião a respeito.</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">É fácil não haver divergência quando se é um grupo pequeno, e especialmente fácil se idéias e ideais ainda não foram postos a prova. Quanto maior o partido fica, mais natural é que haja divergência. Isso é da regra do jogo. Em partidos realmente grandes, é normal até que haja não só correntes internas, mas dissidências mesmo (pense nos vários partidos “satélites” que surgiram de dentro do PT ou do DEM ao longo dos anos, apenas como exemplo). A unanimidade, que antes era quase natural, se torna utópica. Ainda mais natural é a divergência quando confrontados os integrantes com casos e disputas reais, como se dá com nossos deputados. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O Brasil tem uma dívida eterna com Amoedo. Ele é brilhante, incansável e certamente seria o melhor presidente que esse país já teve. Ao mesmo tempo, qualquer filiado teria todo direito de pretender ser candidato – você, eu, Mitraud, qualquer um. Isso não é “traição”, é democracia. É perfeitamente legítimo. Exigir unanimidade num grupo tão grande, mesmo com todos os seus outros méritos, demonstra falta de maturidade política. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">O mais correto, então, seria o convite ter sido feito para o processo seletivo, ao invés de se atropelar tudo e já nomeá-lo como pré-candidato, certo? Penso que não. O certo seria não haver convite nenhum. O próprio convite mostra uma preferência que, se legítima, deveria se manifestar natural e somente durante o processo de escolha. Aliás, já passou a hora de mudarmos o estatuto para que o processo, também para os cargos majoritários, seja classificatório, não eletivo, e a palavra final seja deixada para os filiados em convenção (era assim na minuta de estatuto que eu redigi para o partido, lá no longínquo ano de 2014). Lembre-se: seria legítimo você querer ser candidato. Eu. Mitraud. Alguém. Qualquer um. Se você chama essa intenção legítima de “traição”, então perdemos em algum lugar o “partido de idéias, não de pessoas”. E digo isso mesmo concordando que seria merecidíssimo que Amoedo fosse nosso candidato, mas DEPOIS de passar pelo processo seletivo, igualzinho a qualquer outro que também quisesse. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Temos aqui, penso, mais um caso de “decisão de cima para baixo” que é o pior defeito do NOVO desde sempre. O ocorrido é só reflexo desse problema maior e mais antigo. Digo isso agora, dizia durante meus dois mandatos no Diretório Estadual, pelo jeito vou ter de continuar me repetindo por mais tempo. Pena: o NOVO é cheio de outras qualidades fantásticas. Mas, nesse aspecto, tenho mesmo de me repetir: parece que o filiado só é ouvido quando atrasa a mensalidade. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Quem fosse aclamado em assembléia uniria o partido. A idéia de que nem precisamos de assembléia nenhuma, nem sequer de seleção nenhuma (já que escolha em assembléia ainda não temos), que basta o João ser o pré-candidato fantástico que indubitavelmente é para que isso crie unanimidade, por mágica ou geração espontânea, é o que realmente está dividindo o partido. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Não concordo com tudo que nossos deputados fazem (eles mesmos discordam entre si às vezes, óbvio. É natural e saudável). Alguns são bem menos anti-bolsonaristas do que eu gostaria. Mas isso não justifica a postura de Amoedo de atacá-los, em público, dia sim e no outro também. Depois de mais de um ano fazendo isso com a bancada do próprio partido, parece quase insano pretender que houvesse unanimidade em seu favor. É, então, segundo penso, totalmente errada a interpretação de que houve “traição” a Amoedo ou, mais errada ainda, a de que houve uma vitória do “bolsonarismo dentro do partido”: alguém realmente consegue afirmar que o Mitraud é bolsonarista?... Aliás, se é para falar em “crítica”, o que dizer do bizarro apoio de Amoedo às piores barbaridades do STF?... Algum dos deputados chegou a fazer algo sequer próximo disso?...</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Ronald Regan tinha uma frase de que gosto muito: “quem concorda em 80% com você é um amigo e um aliado, não 20% seu inimigo”. Não tenho intenção nenhuma de me desfiliar do partido que ajudei a criar. Vejo como positivo esse momento de reflexão, tanto para Amoedo como para todos os filiados. Espero que ele continue trabalhando pelo Brasil – talvez como candidato ao Senado no Rio, talvez como vice numa chapa de consenso pela terceira via (não, o estatuto não proíbe coligações). E espero que aprendamos a conviver com os 20% de divergência que temos entre nós, sob pena de não conseguirmos fazer nada em prol dos 80% em que concordamos.</div></div></span></div></div></div></div><div class="l9j0dhe7" id="jsc_c_rs" style="font-family: inherit; position: relative;"><div class="l9j0dhe7" style="font-family: inherit; position: relative;"><div style="font-family: inherit;"><a class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 a8c37x1j mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql abiwlrkh p8dawk7l tm8avpzi" href="https://www.facebook.com/photo/?fbid=10223642333340040&set=a.1953827119012&__cft__[0]=AZUvnB_Fvmzpy1EAdwYDRSvA6uzIrWQFfrvtLWe-97tpx2BOvvpZU0yCcjLz-HJyCSwgjGB5Ct9oVTEPNZIr19_UteW1A_dCHpBo2RKMMV71t2bwVh6HAEKdwGFgzeNkshg&__tn__=EH-R" role="link" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; 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font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="font-family: inherit;"><div class="l9j0dhe7" style="font-family: inherit; position: relative;"><div class="bp9cbjyn m9osqain j83agx80 jq4qci2q bkfpd7mw a3bd9o3v kvgmc6g5 wkznzc2l oygrvhab dhix69tm jktsbyx5 rz4wbd8a osnr6wyh a8nywdso s1tcr66n" style="align-items: center; border-bottom: 1px solid var(--divider); color: var(--secondary-text); display: flex; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; justify-content: flex-end; line-height: 1.3333; margin: 0px 16px; padding: 10px 0px;"><div class="bp9cbjyn j83agx80 buofh1pr ni8dbmo4 stjgntxs" style="align-items: center; display: flex; flex-grow: 1; font-family: inherit; overflow: hidden;"><span aria-label="Veja quem reagiu a isso" class="du4w35lb" role="toolbar" style="font-family: inherit; z-index: 0;"><span class="bp9cbjyn j83agx80 b3onmgus" id="jsc_c_ru" style="align-items: center; display: flex; font-family: inherit; padding-left: 4px;"><span class="np69z8it et4y5ytx j7g94pet b74d5cxt qw6c0r16 kb8x4rkr ed597pkb omcyoz59 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 qxh1up0x qtyiw8t4 tpcyxxvw k0bpgpbk hm271qws rl04r1d5 l9j0dhe7 ov9facns kavbgo14" style="border-bottom-color: var(--card-background); 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display: flex; flex-shrink: 0; font-family: inherit; height: 22px;"><div class="gtad4xkn" style="font-family: inherit; margin-left: 7px;"></div><div class="gtad4xkn" style="font-family: inherit; margin-left: 7px;"><div aria-expanded="true" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 pq6dq46d mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql abiwlrkh gpro0wi8 dwo3fsh8 ow4ym5g4 auili1gw gmql0nx0" id="jsc_c_rt" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: stretch; appearance: none; background-color: transparent; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-radius: inherit; border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; 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align-self: inherit; display: inherit; flex-direction: inherit; flex: inherit; font-family: inherit; height: inherit; max-height: inherit; max-width: inherit; min-height: inherit; min-width: inherit; place-content: inherit; width: inherit;"><div class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 pq6dq46d mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql abiwlrkh gpro0wi8 dwo3fsh8 ow4ym5g4 auili1gw gmql0nx0" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: stretch; appearance: none; background-color: transparent; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-radius: inherit; border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; border-top-color: var(--always-dark-overlay); border-width: 0px; box-sizing: border-box; color: inherit; cursor: pointer; display: inline-flex; flex-basis: auto; flex-direction: row; flex-shrink: 0; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: relative; text-align: inherit; touch-action: manipulation; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v b1v8xokw m9osqain" color="var(--secondary-text)" dir="auto" style="display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;">26 compartilhamentos</span></div></span></div></div></div></div><div class="tvfksri0 ozuftl9m" style="font-family: inherit; margin-left: 12px; margin-right: 12px;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 pfnyh3mw i1fnvgqd gs1a9yip owycx6da btwxx1t3 ph5uu5jm b3onmgus e5nlhep0 ecm0bbzt nkwizq5d roh60bw9 mysgfdmx hddg9phg" style="align-items: stretch; box-sizing: border-box; display: flex; flex-flow: row nowrap; flex-shrink: 0; font-family: inherit; justify-content: space-between; margin: -6px -2px; padding: 4px; position: relative; z-index: 0;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t g5gj957u d2edcug0 hpfvmrgz rj1gh0hx buofh1pr n8tt0mok hyh9befq iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex: 1 1 0px; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 2px; position: relative; z-index: 0;"><div aria-label="Remover Curtir" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 pq6dq46d mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql abiwlrkh p8dawk7l" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; 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margin: -6px -4px; min-width: 0px; padding-left: 12px; padding-right: 12px; padding-top: 0px; position: relative; white-space: nowrap; z-index: 0;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><span class="pq6dq46d" style="display: inline-flex; font-family: inherit;"><i class="hu5pjgll op6gxeva" data-visualcompletion="css-img" style="background-image: url("https://static.xx.fbcdn.net/rsrc.php/v3/yx/r/NvwdoqmS1AX.png?_nc_eui2=AeFXRZzRICLcHpkLigR7vHAS_vGek1ddQsn-8Z6TV11CyQoCq9eH2woSIHIzpaxXxf4"); background-position: 0px -186px; background-repeat: no-repeat; background-size: 26px 536px; display: inline-block; filter: var(--filter-accent); height: 18px; vertical-align: -0.25em; width: 18px;"></i></span></div><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v lrazzd5p m9osqain" color="var(--secondary-text)" dir="auto" style="display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; font-weight: 600; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><span style="color: #2078f4; font-family: inherit;">Curtir</span></span></div></div><div class="n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql i09qtzwb n7fi1qx3 b5wmifdl hzruof5a pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 c5ndavph art1omkt ot9fgl3s" data-visualcompletion="ignore" style="border-radius: 4px; font-family: inherit; inset: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: opacity; transition-timing-function: var(--fds-animation-fade-out);"></div></div><div aria-label="Alterar reação Curtir" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 pq6dq46d mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz b4ylihy8 rz4wbd8a b40mr0ww a8nywdso pmk7jnqg i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql abiwlrkh p8dawk7l pphx12oy hmalg0qr q45zohi1 g0aa4cga" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; align-items: stretch; background-color: transparent; border-bottom-color: var(--always-dark-overlay); border-left-color: var(--always-dark-overlay); border-radius: inherit; border-right-color: var(--always-dark-overlay); border-style: solid; border-top-color: var(--always-dark-overlay); border-width: 0px; box-sizing: border-box; clip-path: polygon(0px 0px, 0px 0px, 0px 0px, 0px 0px); 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font-family: inherit; inset: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: opacity; transition-timing-function: var(--fds-animation-fade-out);"></div></div></div><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t g5gj957u d2edcug0 hpfvmrgz rj1gh0hx buofh1pr n8tt0mok hyh9befq iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex: 1 1 0px; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 2px; position: relative; z-index: 0;"><div aria-label="Deixe um comentário" class="oajrlxb2 gs1a9yip g5ia77u1 mtkw9kbi tlpljxtp qensuy8j ppp5ayq2 goun2846 ccm00jje s44p3ltw mk2mc5f4 rt8b4zig n8ej3o3l agehan2d sk4xxmp2 rq0escxv nhd2j8a9 pq6dq46d mg4g778l btwxx1t3 pfnyh3mw p7hjln8o kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x tgvbjcpo hpfvmrgz jb3vyjys rz4wbd8a qt6c0cv9 a8nywdso l9j0dhe7 i1ao9s8h esuyzwwr f1sip0of du4w35lb lzcic4wl n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql abiwlrkh p8dawk7l" role="button" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent; 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margin: -6px -4px; min-width: 0px; padding-left: 12px; padding-right: 12px; padding-top: 0px; position: relative; white-space: nowrap; z-index: 0;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><i class="hu5pjgll m6k467ps" data-visualcompletion="css-img" style="background-image: url("https://static.xx.fbcdn.net/rsrc.php/v3/yx/r/NvwdoqmS1AX.png?_nc_eui2=AeFXRZzRICLcHpkLigR7vHAS_vGek1ddQsn-8Z6TV11CyQoCq9eH2woSIHIzpaxXxf4"); background-position: 0px -166px; background-repeat: no-repeat; background-size: 26px 536px; display: inline-block; filter: var(--filter-secondary-icon); height: 18px; vertical-align: -0.25em; width: 18px;"></i></div><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; 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box-sizing: border-box; cursor: pointer; display: inline-flex; flex-basis: auto; flex-direction: row; flex-shrink: 0; font-family: inherit; list-style: none; margin: 0px; min-height: 0px; min-width: 0px; outline: none; padding: 0px; position: relative; text-align: inherit; touch-action: manipulation; user-select: none; z-index: 0;" tabindex="0"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 g5gj957u rj1gh0hx buofh1pr hpfvmrgz taijpn5t bp9cbjyn owycx6da btwxx1t3 d1544ag0 tw6a2znq jb3vyjys dlv3wnog rl04r1d5 mysgfdmx hddg9phg qu8okrzs g0qnabr5" style="align-items: center; box-sizing: border-box; display: flex; flex-flow: row nowrap; flex: 1 1 0px; font-family: inherit; height: 44px; justify-content: center; margin: -6px -4px; min-width: 0px; padding-left: 12px; padding-right: 12px; padding-top: 0px; position: relative; white-space: nowrap; z-index: 0;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><i class="hu5pjgll m6k467ps" data-visualcompletion="css-img" style="background-image: url("https://static.xx.fbcdn.net/rsrc.php/v3/yx/r/NvwdoqmS1AX.png?_nc_eui2=AeFXRZzRICLcHpkLigR7vHAS_vGek1ddQsn-8Z6TV11CyQoCq9eH2woSIHIzpaxXxf4"); background-position: 0px -226px; background-repeat: no-repeat; background-size: 26px 536px; display: inline-block; filter: var(--filter-secondary-icon); height: 18px; vertical-align: -0.25em; width: 18px;"></i></div><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb j83agx80 cbu4d94t pfnyh3mw d2edcug0 hpfvmrgz ph5uu5jm b3onmgus iuny7tx3 ipjc6fyt" style="box-sizing: border-box; display: flex; flex-direction: column; flex-shrink: 0; font-family: inherit; max-width: 100%; min-width: 0px; padding: 6px 4px; position: relative; z-index: 0;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql lr9zc1uh a8c37x1j keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d3f4x2em fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb iv3no6db jq4qci2q a3bd9o3v lrazzd5p m9osqain" color="var(--secondary-text)" dir="auto" style="display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; font-weight: 600; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;">Compartilhar</span></div></div><div class="n00je7tq arfg74bv qs9ysxi8 k77z8yql i09qtzwb n7fi1qx3 b5wmifdl hzruof5a pmk7jnqg j9ispegn kr520xx4 c5ndavph art1omkt ot9fgl3s" data-visualcompletion="ignore" style="border-radius: 4px; font-family: inherit; inset: 0px; opacity: 0; pointer-events: none; position: absolute; transition-duration: var(--fds-duration-extra-extra-short-out); transition-property: opacity; transition-timing-function: var(--fds-animation-fade-out);"></div></div></div></div></div></div></div><div class="cwj9ozl2 tvmbv18p" style="color: #1c1e21; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 4px;"></div></div></div></div>Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-53954419455629826832017-08-05T07:14:00.002-07:002022-04-27T15:20:35.521-07:00Pacto Sagrado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip-QUKwcX_6P5u7IyvEjHLwe27DWd7h3WrgwLuxZ5YGw-dSw7nOF1hLZnMSGKNmhcUpz4hIQfyraQfjhm-wG4Lwmqdm5APc5gbiBCNmkO3m5lzta_W43TkfL157SFwUUPe8EkrQ8Qcuk8/s1600/Cao+abandonado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip-QUKwcX_6P5u7IyvEjHLwe27DWd7h3WrgwLuxZ5YGw-dSw7nOF1hLZnMSGKNmhcUpz4hIQfyraQfjhm-wG4Lwmqdm5APc5gbiBCNmkO3m5lzta_W43TkfL157SFwUUPe8EkrQ8Qcuk8/s320/Cao+abandonado.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: center;">
<b><u><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Pacto Sagrado<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Humanos e cães têm, juntos, uma história longa
e fascinante. Não se sabe ao certo o tempo do início dessa amizade; alguns
estudos falam de 18.000 anos atrás, outros de 33 a 35.000 anos, mas há até pesquisas
baseadas em fósseis europeus que afirmam ser de incríveis 135.000 anos (nosso
desconhecimento é tão grande na área que não se sabe sequer se esse início foi mesmo
na Europa, ou se foi na Ásia). O que se tem certeza é que o cão foi o primeiro
animal a ser domesticado, muitíssimo antes de qualquer outro – muito antes,
até, do que o início da própria agricultura, considerado como o princípio da
civilização, datado em alguma coisa entre 10 e 12 mil anos atrás. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Apesar disso, o “como” essa amizade nasceu é
algo de que os pesquisadores têm uma noção razoavelmente clara. Os humanos,
agrupados em clãs, sobreviviam da coleta e, especialmente, da caça. Apesar de
não serem muito fortes ou muito rápidos comparados a outros animais, nem terem
garras ou mandíbulas muito poderosas, esses caçadores primitivos tinham alguns
trunfos que os tornavam particularmente bons. Sua pele era capaz de suar – o
que significava que, graças à regulação da temperatura, podiam correr
distâncias incrivelmente longas (os cães, por exemplo, só têm glândulas
sudoríparas no ânus e na palmilha das patinhas. Sabia?). As presas, ainda que bem
mais velozes, no geral não eram capazes de manter suas grandes velocidades por
distâncias muito longas – e então nossos ancestrais maratonistas as abatiam, às
vezes depois de horas de disputa, em estado de exaustão. Extremamente
sociáveis, os humanos caçavam em equipe coesas e bem coordenadas; com
inteligência sem paralelo, esses grupos planejavam emboscadas, se valiam do
terreno (usando penhascos e estreitos) e criavam toda sorte de estratégia para
maximizar o ganho (sim, “economia” existe desde sempre, milênios antes de se
tornar uma disciplina formal). A falta de garras e mandíbulas grandes era também
suprida com inteligência e engenho, que permitiam produzir ferramentas
incríveis (tacapes, facas – de pedra, não de metal, óbvio – e lanças foram as
primeiras, provavelmente nessa ordem).<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Os lobos eram adversários dos humanos e, mais
do que isso, competidores, disputando as mesmas presas. É certo que, exatamente
por serem bons caçadores, os humanos produziam em seus acampamentos grandes
quantidades de restos de caça; isso atraía predadores e, por certo também, o
lobo dentre eles. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Aqui, em algum momento, algo mágico acontece.
Os lobos, eternos inimigos dos humanos, <i>aprendem</i>
(sim, essa é a palavra) que “perto dos humanos há comida”. Isso faz com que <i>alguns</i> lobos comecem a ir com mais
freqüência aos acampamentos humanos... Mas somente lobos muito especiais.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Não se sabe ao certo o que ocorre nesse ponto.
O mais provável é que os lobos mais medrosos simplesmente não façam isso, e que
os lobos mais agressivos façam, mas acabem atacando os humanos (e, nisso, toda
a suposta vantagem de “comida fácil” acaba aqui). Somente um tipo muito
especial de lobo se aproxima, e volta outras vezes, e não ataca e não é
atacado, e finalmente se torna um “freqüentador” da lixeira do acampamento
humano: <i>o lobo que, a um só tempo, é
corajoso, mas é menos agressivo. <o:p></o:p></i></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><i><br /></i></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Esse lobo tão especial, com essas
características de “corajoso mas menos agressivo”, é o avô de todos os cães que
existem sobre a Terra. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">E os cães herdaram essas características tão
especiais desse avô. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Em algum momento, os humanos perceberam que
aquele lobo em particular não iria atacar ninguém, e param de atirar pedras nele.
Em algum momento, alguma criança do grupo acaba por atirar, ao invés de pedras,
um pedaço de carne ou de osso para ele. Em alguma noite de especial cansaço,
aquele lobo resolve dormir por ali mesmo, perto da lixeira, e nenhum humano o
incomoda. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Em algum momento, algum dos humanos percebe que
faro e audição do lobo são infinitamente melhores do que os dele próprio, e que
o lobo tem o sono muitíssimo mais leve (provavelmente por ter evoluído em campo
aberto e desprotegido, e não em árvores como nossos ancestrais pré-humanos); e
que, por isso, ele é muito melhor do que nós para detectar a presença de
predadores ou de humanos inimigos se aproximando. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Em algum momento, esse lobo está dormindo <i>junto</i> dos humanos, e não mais na lixeira.
<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Em algum momento (gerações, séculos, milênios,
ninguém sabe), humanos e cães estão não só dormindo juntos à noite, mas também caçando
juntos durante o dia, combinando as incríveis vantagens de cada espécie, que se
complementam com tanta perfeição que parecem nascidas uma para a outra. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">O lobo continuou a ser nosso inimigo ao longo
dos milênios, mas aquele lobo especial se tornou o melhor amigo que jamais
tivemos. Aquele lobo deixou de ser lobo e se tornou cão. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">A mudança foi incrivelmente profunda. A própria
genética do animal foi alterada; morfologia, alimentação, fisiologia, comportamento,
praticamente tudo se alterou no cão para se adaptar aos seus amigos humanos. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Vários estudos afirmam que o nosso sucesso como
espécie jamais teria sido tão grande se não fosse a ajuda incomparável dos
cães. Nós transformamos os cães, mas eles foram parte fundamental do processo
que nos transformou no que somos hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Essas dezenas de milhares de anos de amizade
profunda deixaram suas marcas. Análises de tomografia computadorizada provaram
que os cães têm pelos donos o mesmo “tipo” de afeto que crianças têm pelos
pais: quando vêem fotos ou sentem seu cheiro, são exatamente as mesmas áreas do
cérebro que são ativadas num e noutro. Com nenhum outro animal “de estimação”
ocorre isso. Sim, é como você já sabia: o cão vê os donos como seus “pais”! <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Chimpanzés são muito mais inteligentes do que
cães e têm incríveis 98% de seu DNA idêntico ao nosso. <i>Ainda assim,</i> testes comprovam que os cães entendem gestos,
expressões faciais e até sentimentos humanos infinitamente melhor do que os
chimpanzés. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Existe um estudo polêmico sobre cães que “sabem” o
momento em que seus donos, a vários quilômetros de distância, estão saindo do
trabalho e começando a volta para casa. As filmagens são realmente incríveis
(procure no Youtube por Sheldrake, é emocionante). Ninguém sabe ainda se essa
“telepatia” é real, muito menos como funciona, mas quem já teve um cão provavelmente
concorda com a hipótese. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Há relatos tocantes de cães que, na Idade
Média, abandonavam suas casas para correr ao encontro dos donos no meio do
floresta, segundos antes de estes serem atacados por... Lobos. Sacrificando a
própria vida, esses cães incríveis eram estraçalhados ao enfrentar, sozinhos,
matilhas inteiras para que seus donos pudessem fugir em segurança. Seria o
cheiro dos lobos? Algum ruído estranho, a vários quilômetros, que só o cão
percebera? Como esse amigo fantástico “sabia” o que estava por acontecer com
seu humano?...<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Nós moldamos esse amigo adorável à nossa
vontade. O fizemos carinhoso, meigo, carente até. O fizemos pequeno para caber
em espaços confinados e até em bolsas, grande para intimidar invasores; em
formato de salsicha para caçar em túneis, em formato de "galgo" para correr mais do que coelhos e abatê-los; com mordida suave para não estragar a
caça recém-abatida, com mordida destruidora para ser nosso guarda-costas; com
pernas curtas para caçar ratos em celeiros, com pernas longas para caçar em
campo aberto; com focinho longo e olfato aprimorado para encontrar a caça, com
focinho curto e mandíbula poderosa para nos proteger. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Nossa “moldagem” do cão foi tão profunda que,
veja-se que exemplo curioso, cães pastores nunca atacam rebanhos, de nenhum
tipo, mesmo que estejam famintos (e rebanhos são presa natural dos lobos). Mais
incrível ainda, os cães pastores ficam extremamente nervosos apenas com o
simples cheiro de um lobo. Sim, a amizade é tão profunda que o cão incorporou
em seu DNA que deve proteger nossos rebanhos, ao invés de atacá-los; e, mais
ainda, incorporou que ele é inimigo de seu próprio ancestral. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">É ESSE o nível de amor e de “moldagem” que
construímos ao longo dos milênios com esse nosso amigo de quatro patas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Nós moldamos os cães ao nosso desejo e à nossa
necessidade. E eles aceitaram tudo, inclusive essa enorme mudança em sua
própria genética. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Até isso eles fizeram por nós. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">O cão, no entanto, pagou um preço terrível por
essa entrega sem limite aos seus amigos humanos. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Ele perdeu a capacidade de sobreviver sozinho. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Para se amoldar à nossa conveniência, o cão
perdeu praticamente tudo que o lobo tem para sobreviver na natureza. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">É nisso que eu penso toda vez que vejo um cão
abandonado. Nós o transformamos no que queríamos, fazendo com que, no processo,
ele dependesse completamente de nós... E então nós o abandonamos, no frio e na
sujeira, para que ele “se vire sozinho”. É esse o nível de traição que
praticamos cada vez que abandonamos um desses nossos amigos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">É uma amizade de dezenas, talvez centenas de
milhares de anos, que estamos despr</span><span style="font-size: 14pt; text-indent: 3cm;">ezando. É um pacto sagrado que nós, como
espécie, estamos vergonhosamente quebrando.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Pense nisso da próxima vez que vir um “cão de
rua”... Lembre-se de que ele não “é” de rua, ele ESTÁ na rua porque eu, você,
todos nós fizemos isso com ele. Nós violamos o pacto sagrado, traímos sua
confiança e o deixamos sozinho.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; tab-stops: 144.0pt; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">Pense nisso. <o:p></o:p></span></div>
Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-78498286283603875232016-12-16T09:47:00.000-08:002016-12-16T10:52:31.893-08:00Diários da Resistência - 13 de março de 2017<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCiN8r8lIwWA7YqJIohl5sB3WH3aGvnLte-CRp5_DaVOM9d4P_jZRS0zfeoB1H0-uySX5GpQhWrIUFb7m0FwALzajESHBK5mswTCmERfzI_FP1YsBmu2FMSxal3rIYtYgQzO2q-z1bumI/s1600/apocalypse-011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCiN8r8lIwWA7YqJIohl5sB3WH3aGvnLte-CRp5_DaVOM9d4P_jZRS0zfeoB1H0-uySX5GpQhWrIUFb7m0FwALzajESHBK5mswTCmERfzI_FP1YsBmu2FMSxal3rIYtYgQzO2q-z1bumI/s320/apocalypse-011.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Diários da Resistência,
13 de março de 2017.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Não
sei se alguém vai ler isso, mas quero registrar mesmo assim. Pode ser culpa, ou
esperança, ou medo, chame como quiser. É difícil escrever no escuro, mas sair
dos subterrâneos é perigoso demais. Hoje faz 3 meses da aprovação da (ai, meu
Deus!) PEC do Fim do Mundo, então acho que devo isso a mim mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Um
pouco de luz aqui ajudaria, mas mesmo acender uma vela é um risco excessivo. Os
Tucanossauros, pavorosos vigias robóticos de tecnologia extra-terrestre, patrulham
cada palmo aqui de Cotia. Os mais perigosos, claro, são aqueles com aparência
de pterodátilo; eles têm a face do José Serra para serem ainda mais
assustadores e gritam <i>“quem assume é o
Aéeeeecio!!!”</i> quando despencam dos céus sobre suas vítimas.<i> </i>Só os esgotos ainda são seguros, mas há
boatos de que, em São Paulo, já há Tucanossauros específicos para patrulhar
esse último reduto da Resistência. Como fomos tolos em achar que o PSDB era
praticamente igual ao PT! Ingênuos, nós os chamavam de “socialistas azuis”.
Quem poderia adivinhar que eles estavam mancomunados com os reptilianos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Temer-o-Temível,
claro, é um desses reptilianos; parece até que é um dos chefes deles. Um dos
líderes da resistência chegou a perguntar uma vez “ué, mas ele não era vice da
Gilma Rocefe?...” Nunca mais foi visto. Tempos de desespero pedem medidas
desesperadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tento
ser condescendente comigo mesmo. Achávamos, com base em séculos de história,
com base na lógica e nos fatos, com base em TODOS os países bem-sucedidos no
mundo, que o liberalismo era a saída, que a livre concorrência e o direito de
propriedade deveriam ter respeito absoluto, que o estado precisava ser
radicalmente diminuído. Como estávamos errados! Achávamos, suprema heresia, que
a PEC do Fim do Mundo, na verdade, era muito pouco, ainda que fosse um bom
começo. Afinal, ela não diminuía o estado; ela não diminuía o gasto do estado;
ela nem ao menos impedia o estado de gastar mais do que arrecadava! Ela,
APENAS, determinava que o gasto colossal do estado deveria ser igual ao do ano
anterior, ainda que com várias exceções e ainda que com a correção da inflação.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Achávamos,
nós idiotas, que isso na verdade adiantava pouco, porque é o próprio estado que
tem o monopólio da moeda e o monopólio dos juros (sim, você consegue acreditar
que eu, enfiado aqui nesse esgoto, vendo o mundo desmoronar enquanto fujo dos
Tucanossauros, cheguei a acreditar que o BACEN deveria ser extinto?!?...),
então o próprio estado determina quanto vai haver de inflação... Bom, mas
achávamos que era um bom começo, que era melhor do que nada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Bem,
isso era o que achávamos. Só começamos a perceber que algo estava realmente
errado quando os prédios começaram a derreter. Foi na Av. Paulista que começou,
alguns dias depois da aprovação da PEC do Fim do Mundo, o horror que selaria nossos
destinos: os prédios estavam derretendo diante de nossos olhos! Em menos de
três dias, tudo que restava dos edifícios era o concreto liquefeito inundando
as ruas. No quarto dia os polos magnéticos da Terra foram misteriosamente invertidos
e, nesse processo, as tempestades solares (amplificadas pelos reptilianos,
claro) fustigaram impiedosamente nosso planeta por várias horas. Muitos
pereceram pela radiação; as plantações e os rebanhos foram devastados. Os mares
começaram a evaporar na segunda semana, seguidos dos rios no mês seguinte. </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 3cm;">As terríveis máquinas de guerra dos invasores alienígenas destroem o
pouco que ainda resta.</span><span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 3cm;"> Os
líderes da Resistência não falam para não causar ainda mais pânico, mas todos
sabem que até a rota da Terra foi alterada e estamos, neste exato momento, nos
afastando do Sol e começando a mergulhar no espaço vazio. As únicas coisas que
permanecem iguais e intocadas, óbvio, são o imposto sindical, o fundo
partidário, o foro privilegiado e o fato de que o Lulla continua solto. (É mais
fácil alterar a rotação do planeta do que mexer em qualquer uma dessas coisas,
como até os reptilianos descobriram).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Como
poderíamos imaginar que era a gastança alucinada do estado que impedia tudo
isso? Como poderíamos saber que era com o estado criando dívidas impagáveis e gerando déficits absurdos para nossos filhos e netos que se evitava de prédios
derreterem, do mar evaporar e da Terra se afastar do Sol?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Bem,
nós deveríamos. Agora é tarde. <o:p></o:p></span></div>
Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-13929308554366731312016-07-07T06:59:00.001-07:002016-07-07T07:00:24.897-07:00Meu Depoimento para o Escola Sem PartidoSegue o depoimento que mandei para o ESP. E eu sou só um entre milhões...<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<u><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18.0pt; font-variant: small-caps; line-height: 107%;">Escola Sem Partido – Depoimento<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Prezados, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Acompanho e admiro o
trabalho do Escola Sem Partido há muito tempo. Acredito que, no longo prazo, a
luta pelo fim da doutrinação nas salas de aula é o que de mais importante pode
haver para impedirmos que o Brasil afunde no totalitarismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Claro, parte da
estratégia de quem pratica lavagem cerebral contra crianças é ou dizer que isso
não existe, ou tentar minimizar a prática. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Eu sou a prova viva de
que eles mentem. Para quem <i>viveu</i> a
doutrinação, chega a ser patético ouvir que isso “não existe”, ou que “não é
tão grave”, ou que “é questão de opinião”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Este é o meu depoimento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estudei o que na época se
chamava “primário” em escola pública, em meados dos anos 70, e a partir do
“ginásio” num colégio de padres jesuítas. A “Teologia da Libertação” fazia com
que os dirigentes do colégio considerassem questão de fé a doutrinação marxista
desde o mais cedo possível. Os professores, por sua vez, eles próprios também doutrinados
desde sabe-se lá quando, atendiam alegremente a exigência – e o nível do ensino
era bastante baixo, mas o nível de doutrinação era extremo. Não aprendíamos
nada além de <i>“uma visão marxista”</i> de
cada matéria, ao invés de a própria matéria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Lembro-me bem que até as
aulas de matemática (sim, até elas!) eram moldadas com coisas como
“considerando-se um latifúndio improdutivo de x m2 invadido pelo MST, quantas
bravas famílias de sem-terra serão legitimamente contempladas...” Aula após
aula, dia após dia, ano após ano, nada escapava de <i>um prisma marxista </i>sobre todas as matérias. Todas, em tudo, o tempo
todo. E ai daquele que não repetisse o discurso oficial! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“As Veias Abertas da
América Latina” e “História da Riqueza do Homem” eram os livros básicos e
onipresentes de história e geografia, e nenhuma fonte “não autorizada” era
admitida. Mais do que isso: esses livros também eram usados para literatura,
interpretação de texto, atividades extra-classe, tudo. Os próprios manuais
dessas disciplinas eram também tão “engajados” quanto. A vulgata marxista era o
começo, meio e fim de todo o processo de ensino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O <i>uso da autoridade</i> na imposição de idéias era a tônica: ensinava-se
o marxismo como sendo uma verdade <i>científica
e incontestável,</i> ao mesmo nível de “científica e incontestável” conferido à
lei da gravidade do professor anterior, como da reação química explicada pelo
professor que viria depois; e, claro, quem não fizesse a reprodução fiel do
discurso ensinado era não apenas discriminado e ridicularizado, mas ameaçado ou
efetivamente reprovado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Salvo casos muito
excepcionais, não há criança que consiga se proteger disso. Esse processo de
moer cérebros é pavoroso, mas eficiente: a grande maioria sairá dele como
militante autômato, com pouca ou nenhuma capacidade de raciocínio crítico. Há,
hoje, milhões de adultos-zumbis que, inteligentes em outros aspectos, comprovam
a validade da técnica em tudo que se relaciona a política ou economia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Foram anos difíceis,
sempre sob a ameaça de reprovação. Ainda assim, jamais serei grato o bastante a
Henry Maksoud e sua Revista Visão, que adquiri o hábito de ler bem antes de ser
submetido ao moedor de cérebros – e que me mostrou o mundo sob a óptica das
idéias da liberdade, da pluralidade de pensamentos, do uso efetivo do
raciocínio sobre questões sociais (sim, acredito que vai haver gente desonesta
o bastante para comparar a “leitura de textos que encontrei por conta própria”
com a doutrinação que descrevo). Boa parte dos meus colegas não teve a mesma
sorte e, ainda que a realidade comprove os erros e os absurdos diariamente,
continuam até hoje acreditando no discurso dos doutrinadores escravocratas
quase com a mesma fé que acreditam na gravidade ou na classificação ácido/base.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Isso não é uma opinião,
não é uma hipótese, não é uma teoria. Isso são FATOS. Isso foi minha vida.
Estou aqui para contar a quem queira ouvir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">R. Ives Braghittoni<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Bacharel, mestre e doutor
em Direito<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 3.0cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Advogado e professor<o:p></o:p></span></div>
Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-83685905625318856612015-04-01T18:24:00.002-07:002017-12-08T19:24:28.177-08:00Impedimento, renuncia e o caos que o PT criou <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpkwy18i9PKIuS9ln_-Bqcr8UVnSHXCUMiox7JbpPxwA_eI1SPbWLtrf9zNaMwZJAKgThelvXjeTE0Yzj5BO4FeHBY5uXEdABUcbIuREBGgj-ZjqhmC2VgbY7hIvriTQOrq-jZKgZUqY/s1600/IMG_20150315_151256161.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicpkwy18i9PKIuS9ln_-Bqcr8UVnSHXCUMiox7JbpPxwA_eI1SPbWLtrf9zNaMwZJAKgThelvXjeTE0Yzj5BO4FeHBY5uXEdABUcbIuREBGgj-ZjqhmC2VgbY7hIvriTQOrq-jZKgZUqY/s1600/IMG_20150315_151256161.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Estamos vivendo os dias imediatamente após as históricas manifestações de
15/03/15; apesar do esforço de alguns para desqualificar tanto os números
quanto os próprios participantes, já se tem certeza de que foram as maiores
manifestações populares da história do Brasil. Diferentemente do que ocorreu em
junho de 2013, aqui havia uma pauta bem clara: protesto contra o PT, protesto
contra o governo Dilma, protesto contra seu projeto bolivariano (coitado de
Simon Bolívar, que era um liberal – olha no quê foram transformar seu nome!...)
de poder a qualquer custo, protesto contra o estelionato eleitoral. Em função
disso, e das inúmeras informações desencontradas sobre os aspectos jurídicos do
“impeachment” que têm circulado, creio que cabem alguns esclarecimentos sobre a
situação e sobre a lei. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Em 2013, havia uma insatisfação difusa, mal articulada, mas nem por isso
menos legítima. O estopim, como se sabe, foram manifestações iniciadas pelo
“Movimento Passe Livre”, um grupo controlado pelos partidos subalternos ao PT
(PSOL, PCB e, em especial, PSTU – ainda que, veja-se a ironia, informem em seu
site “não somos filiados a nenhum partido ou instituição”) cujo objetivo
declarado era enfraquecer o governo estadual de São Paulo. O movimento se
espalhou pelo país todo, de maneira incontrolável, e toda tentativa partidária
de pautá-lo teve repúdio instantâneo (há múltiplos vídeos no Youtube mostrando
isso – alguns não muito polidos mas bastante ilustrativos, em especial aquele
em que há uma eloqüente rima para a sigla “PSTU”). O povo, quando tratava dos
famosos “20 centavos”, estava na verdade protestando contra o persistente
aumento da inflação, bem como contra a crise econômica que, desde ali, começava a
dar sinais de quão grande seria. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Temos então o “Petrolão”, já considerado não apenas o maior
caso de corrupção da história brasileira, mas o maior do mundo. Tanto os
números quanto a desfaçatez dos envolvidos são estarrecedores. A Sra. Dilma
Rousseff, como é sabido, foi presidente do conselho de administração da Petrobrás
por longo período, inclusive “no que se refere” às denúncias mais importantes,
feitas pelos próprios empreiteiros denunciados. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
A Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/75) é muito clara a respeito
(art. 138): o Conselho é, ao lado da diretoria, o responsável direto por sua
administração, além de ter o dever de fiscalizá-la (arts. 138, 139 e,
especialmente, 142). Já o estatuto social da própria Petrobrás não deixa
dúvidas: seu artigo 17 determina expressamente que <i>“a Petrobrás será dirigida por um Conselho de Administração, com
funções deliberativas, e uma Diretoria Executiva”</i>. Pretender, portanto, que
a atual presidentA não tenha responsabilidade em tudo que ocorreu na empresa
sob sua administração, ou mesmo que ela não soubesse que 88 <u><b>BI</b></u>lhões de
reais tenham sido roubados, é atentar não só contra a inteligência do
brasileiro, mas também contrariar a letra expressa da lei e do estatuto da
Petrobrás. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Já o impedimento (“impeachment”) é disciplinado pela Constituição Federal
(arts. 85 e 86) e por lei específica sobre o assunto (Lei 1.079/50). Em ambas
as normas, fica evidenciado que somente o ato praticado <b>durante</b> o exercício da presidência pode justificar o “impeachment”.
Ora, mas permitir a continuidade do “Petrolão” e ainda manter Graça Foster no
cargo não caracteriza a continuidade do ilícito?...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Essa é, basicamente, a tese defendida pelo Professor Ives Gandra em seu
parecer (link: <a href="http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/02/1584267-ives-gandra-da-silva-martins-a-hipotese-de-culpa-para-o-impeachment.shtml"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/02/1584267-ives-gandra-da-silva-martins-a-hipotese-de-culpa-para-o-impeachment.shtml</span></a>
). Ali, o professor esclarece que houve crime de responsabilidade, já devidamente
caracterizado, pelas hipóteses de culpa (negligência, imprudência, imperícia,
omissão), independentemente de as investigações detectarem se houve ou não
dolo. Diz ele: <i>“como a própria presidente
da República declarou que, se tivesse melhores informações, não teria aprovado
o negócio de quase US$ 2 bilhões da refinaria de Pasadena (nos Estados Unidos),
à evidência, restou demonstrada ou omissão, ou imperícia ou imprudência ou
negligência, ao avaliar o negócio. E a insistência, no seu primeiro e segundo
mandatos, em manter a mesma diretoria que levou à destruição da Petrobras está
a demonstrar que a improbidade por culpa fica caracterizada, continuando de um
mandato ao outro.”</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
A tese é polêmica e merece reflexão. O jurista Miguel Reale Jr., tão
brilhante quanto insuspeito, discorda dela (veja aqui: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,renuncia-ja-imp-,1646272).
Mas, dado o desastre da administração petista e seu escancarado envolvimento
com o “Petrolão”, sugere outra saída: a renúncia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
A esse imbróglio, trago dois acréscimos: se comprovadas as denúncias do
Sr. Barusco, de que a campanha presidencial contou com mais de 200 milhões de
reais de dinheiro de corrupção, o caso não será de “impeachment”, mas de
cassação da candidatura. É o que determina o artigo 30-A, § 2º, da Lei 9.504/97:
<i>“comprovados captação ou gastos ilícitos
de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou
cassado, se já houver sido outorgado.”</i> Entenda-se que não se trata, aqui, de
impedimento da presidente, mas cassação da própria candidatura – e, por ser da
candidatura, o vice-presidente seria cassado também. É hipótese que permanece
no horizonte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Mais ainda: a Lei 9.096/95, que é a lei dos partidos políticos, prevê, em
seu art. 28, as hipóteses em que a Justiça Eleitoral deve cancelar o registro
civil e o estatuto dos partidos. É minha opinião que o PT já deveria estar
sendo investigado há muito tempo pelas suas conexões tanto como subalterno do
Foro de São Paulo (incisos I e II) quanto como chefe da organização
escancaradamente paramilitar chamada MST (que confessa, orgulhoso, ter até
recebido treinamento militar das FARC – inciso IV). Afora isso, porém, se
comprovadas as aludidas denúncias do Sr. Barusco, dentre outras feitas na
investigação do “Petrolão”, o caso será de cassação do registro do PT pela
alínea III do citado artigo. Se “deixar de prestar contas” à Justiça Eleitoral
já justifica a cassação, que se dirá de usar do poder para desviar mais de 200
milhões de reais para uso em campanha eleitoral?...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Não há como saber o resultado das investigações, nem se alguma das
hipóteses acima vai encurtar o mandato da Sra. Rousseff. O máximo que eu
arriscaria seria dizer que absolutamente não acredito na hipótese de renúncia,
em que a Sra. Rousseff iria abrir mão do poder em prol do bem do país: o credo
do PT é o poder pelo poder – e uma vez entendido isso, percebe-se qual absurdo
é pretender que haja ali alguma preocupação com “o bem do país”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Mas isso tudo é, apenas, o curto e médio prazos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
A longo prazo, a questão é outra. O que realmente merece atenção não é o
destino do mandato da Sra. Rousseff; a questão é que a crise econômica atual,
muito mais do que a política, pode ter como efeito didático a demonstração do
que os liberais sempre defenderam: as idéias do PT levam inexoravelmente ao
desastre. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 81.0pt;">
Isso é o fundamental. Não adianta a Sra. Rousseff ser impedida, ou mesmo
cassada, se a seguir o povo eleger alguém com ideário semelhante. Seria trocar
o elenco mas manter o roteiro. Por mais honesto que fosse o PT (desculpem, eu
sei o quanto isso soa risível!...), por melhores que fossem suas intenções,
nada mudaria o fato: estamos numa profunda crise econômica por causa,
exclusivamente, do ideário que o PT defende no campo econômico. <o:p></o:p></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Espero que isso fique cada vez mais claro na mente do
público em geral. Espero que o brasileiro médio finalmente entenda que o que
“tirou milhões da miséria” não foi o governo Lula, foi a situação internacional
(estouro no preço das commodities, demanda da China, altíssima liquidez). E,
para quem duvida, não precisa acreditar em mim: basta comparar o quanto a
pobreza foi reduzida no Brasil com o quanto ela foi reduzida no resto do mundo,
em especial em países com economia semelhante à nossa, nesse mesmo período.
Isso vai deixar evidente que a pobreza no Brasil caiu <b>apesar</b> do governo do PT e não “graças” a ele. Independentemente do
que ocorra na política, teremos anos terríveis pela frente em âmbito econômico;
e, se esse fato fundamental – o receituário econômico do PT como origem e causa
da crise – for entendido e compreendido pela maioria do povo (e é o que parecem
mostrar as pesquisas de opinião, com aprovação do governo atual na casa de um
dígito), então iremos sair dessa crise não apenas mais fortes, mas mais sábios
para evitar que outra semelhante aconteça novamente. </span>Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-68900113617497738432013-07-01T16:22:00.001-07:002013-07-01T16:44:30.092-07:00Ironias da Vida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWSqCMLpOpATo4fkIsGJpCYDEpGBIp_hwXih344aP3iYtzbKiVXPr2YLE-WVtBvZxaMzH4eEg4VjC1HkuAak4jZ2PCqf8-tU9vhF93VfWXHNulB5PRxtVs7TxbkqxDkvXZwJGU279mcY0/s612/971753_10200943754292582_101082355_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWSqCMLpOpATo4fkIsGJpCYDEpGBIp_hwXih344aP3iYtzbKiVXPr2YLE-WVtBvZxaMzH4eEg4VjC1HkuAak4jZ2PCqf8-tU9vhF93VfWXHNulB5PRxtVs7TxbkqxDkvXZwJGU279mcY0/s320/971753_10200943754292582_101082355_n.jpg" width="320" /></a></div>
Com a onda de protestos que se iniciou duas semanas atrás, eu passei a publicar em redes sociais esta pequena série de "Ironias da Vida"... <br />
<br />
Vou deixar aqui para manter o registro :-)<br />
<br />
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18pt; line-height: 150%;"><o:p><span style="text-decoration: none;"></span></o:p></span></u> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo I<o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Nós passamos A VIDA
INTEIRA ouvindo os petistas repetirem que “a polícia é o instrumento dos donos
do poder”, que ela serve para “manter o povo no seu lugar” e para a
“perpetuação no poder” da “elite política”. Por MILHÕES de vezes eles repetiram
Foucault e “Vigiar e Punir” e como o “aparelho repressor” serve “à manutenção
do Estado opressor” e Foucault de novo e como “a violência policial” serve “à
classe dominante” e “sufoca os movimentos populares” e “a voz das ruas” e...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Ontem, milhares de
manifestantes tentaram invadir o Itamarati e outros palácios do governo. POR
FAVOR, senhores petistas, eu gostaria que, AGORA, vocês repetissem essa
ladainha que vocês declamaram a vida inteira. Repitam-na agora, mais uma vez,
enquanto assistimos de novo as cenas de ontem! <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo II<o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Durante nada menos do
que OITO ANOS seguidos os petistas urraram “Fora FHC!” – e diziam que isso era
“exercício da democracia”, “direito de manifestação”, “a legítima voz do povo”,
“a vontade que vem das ruas”, etc. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Agora, parcelas grandes
das manifestações populares dizem “Fora Dilma”. Qual a opinião do PT a
respeito? <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">“Golpe!”, “decidam nas
urnas!”, “baderneiros fascistas!”...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Ah, que divertido
assistir a hipocrisia dessa turma se expor assim, tão escancarada...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo III<o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Já tem petista dizendo
que, para “manter a ordem” e “garantir a Constituição”, não bastam balas de
borracha e bombas de efeito moral: estão defendendo “o Exército nas ruas” e
munição real, tiro de fuzil mesmo, contra “esses golpistas”. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Quem diria, o governo
do PT, que já estava tão idêntico à ditadura militar em âmbito econômico
(particularmente igual ao “desenvolvimentismo Geisel”) agora também está
ficando igual até no discurso!!...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">PT, PT... Quem te viu,
quem te vê...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Mais um cappuccino, por
favor!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo IV<o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Aula de meditação
pluri-holístico-zen-taoístico-transcendental com Tio Ives<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Fique em posição de
lótus (é, dói as costas e dá câimbra no dedão do pé, eu sei). Respire
profundamente... Expire bem lentamente...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Imagine uma névoa
(azul, claro) lentamente descendo e envolvendo todo o seu corpo...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Agora, bem
concentrado...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Beeeeem concentrado...
Imagine o quanto o PT estaria berrando se fosse QUALQUER outro partido que
estivesse no poder durante as manifestações populares!!... <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Imagine se fosse com
FHC!!...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Ah, a eterna dupla
moral do PT!...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"></span><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo V<o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">“Ah, que lindo, o povo
se manifestando, o povo foi às ruas, a voz do povo, ai que lindo, saímos da
inércia, o gigante despertou, o povo, o povo, o povo... Epa! Peraê! O povo está
reclamando de nós!! De NÓS!! Como se atrevem? Nós criamos o Brasil maravilha
que aparece na TV!! Nós é que acabamos com a miséria por decreto!! Nós é que
sabemos o que é melhor para eles!! Povo de baderneiros! Povo de direitistas!! Povo
de fascistas!!”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo VI <o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">E aí, será que já dá
pra dizer que o projeto de poder perpétuo do PT “foi pro vinagre”? Será que
Lulla vai mesmo substituir Dilma na sucessão, já que até dentro do PT ninguém
mais duvida do desastre que foi o governo dela?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Ou será que vão usar as
manifestações como desculpa para dar um golpe e implantar a ditadura que sempre
quiseram?...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo VII<o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">“Manifestação? Que
manifestação? Não existe manifestação nenhuma. Não há provas de que exista
alguma manifestação! É tudo invenção da mídia golpista!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Aliás, esses
manifestantes que não existem são todos agentes pagos pela CIA!!...”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<u><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 150%;">Capítulo VIII<o:p></o:p></span></u></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 3cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><span style="font-size: small;">Então tá combinado: podem
falar o que quiser, mas nunca, NUNCA mais digam que o povo brasileiro é bundão,
beleza?<o:p></o:p></span></span></div>
Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-51587361507744970032013-01-15T12:28:00.001-08:002013-01-18T15:05:18.156-08:00Lançamento do Novo Corvette<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQUvOT2rrznmzE3TRfsXUJpd-sK7Ya0OgDmZv4PQnii89YMaPpHOEgmjQC3TzI-EaWVUkDcYY0xEl_HS5oVnuf0cGVGHWyfZH17CwPwR3wFCLdpumwvIpTmRNhDhF5i1M-4bwLnpZzsvI/s1600/14corvette-gallery-full-16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQUvOT2rrznmzE3TRfsXUJpd-sK7Ya0OgDmZv4PQnii89YMaPpHOEgmjQC3TzI-EaWVUkDcYY0xEl_HS5oVnuf0cGVGHWyfZH17CwPwR3wFCLdpumwvIpTmRNhDhF5i1M-4bwLnpZzsvI/s400/14corvette-gallery-full-16.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Sim, finalmente foi lançada a 7ª geração do Corvette! As formas arredondadas deram lugar a muitos ângulos e linhas retas, com um resultado final bastante agressivo, quase futurista. A mítica nomenclatura “Stingray” também está de volta (ao contrário do vidro traseiro bipartido, como muita gente especulava). A plataforma é toda de alumínio, substituindo o aço (das atuais versões básicas) e, segundo a fábrica, tem rigidez estrutural 60% maior. <br />
<br />
Na frente, destaque para o extrator de ar no capô, que é funcional (ou seja, “não é enfeite”) e deixa o ar quente do motor sair e “correr” pela parte superior do carro, aproveitando sua menor densidade (solução típica de carros de competição, e inédita em carros de rua). Ainda mais baixo do que o antecessor, sua lateral ficou com aparência nitidamente mais “afiada”. Logo à frente das caixas de roda traseira há dois respiradores, também funcionais: um leva ar fresco para o diferencial e o outro para a transmissão. <br />
<br />
A traseira é o ponto mais polêmico, mas a atualização é bem vinda (a mim, só causou estranheza a saída quádrupla de escapamento que, “amontoada” no centro, parece deixar o visual ali um tanto pesado). As lanternas abandonam o tradicional desenho redondo e adotam um trapézio tridimensional de leds, em boa combinação com o desenho anguloso do carro todo. <br />
<br />
O interior recebeu mudança ainda mais drástica, atendendo a uma velha reclamação dos fãs: de algo pobre e comum, típico de carros de categorias bem inferiores, para um habitáculo digno do Corvette. Os bancos, outra reclamação eterna, parece que agora são também compatíveis com o que esse esportivo representa; só o uso real vai poder confirmar, mas o desenho ao menos é excelente. São duas opções (uma “GT”, outra para competições), ambas belíssimas e construídas em liga de magnésio (material caro, mas resistente e extremamente leve). O destaque maior vai para os instrumentos, em particular a tela central que muda o desenho conforme a configuração de marcha escolhida. <br />
<br />
São cinco opções de configuração no “drive mode selector”: “weather”, para chuva intensa ou neve; “eco”, para máxima economia de combustível; “tour”, para conforto em longas viagens; “sport”, em que todas as funções ficam mais “afiadas” para maior desempenho; e “track”, para desempenho máximo e uso exclusivo em pistas (ou assim supõe-se :-) ). Essas configurações alteram doze parâmetros do carro, incluindo a citada tela central, a rigidez dos amortecedores magnéticos, as respostas do acelerador e do volante, do próprio motor e até do diferencial com limitador de deslizamento.<br />
<br />
O motor mantém o comando de válvulas no bloco (solução tida como antiquada, mas que é confiável, além de mais barata e mais “baixa” – em termos de centro de gravidade – do que os comandos no cabeçote), mas adota inovações interessantes: injeção direta de combustível, comando de válvulas variável e desligamento de cilindros (tornando-se um “4 cilindros” quando há pouca demanda de potência). O resultado, espera-se, será um carro com desempenho de super esportivo (6,2 litros, 450 cv de potência e 450 lb/ft de torque) e consumo semelhante a sedãs médios. Mais informações sobre a história do magnífico motor “Chevy V8 Small Block” e os motivos de a GM manter o comando no bloco nesta excelente reportagem aqui: <br />
<a href="http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2010/10/corvette-c4-zr1-1990-1995-no-coracao-da.html">http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2010/10/corvette-c4-zr1-1990-1995-no-coracao-da.html</a><br />
<br />
O rumor sobre a aptidão para rodar com E85 (85% de etanol ou metanol e 15% de gasolina, comum nos EUA), pelo jeito, era só boato mesmo: não há nenhuma referência a isso em todo o material divulgado até agora. <br />
<br />
O câmbio é manual (obrigado, Senhor!!!) em inédita configuração de sete (sim, sete) marchas e, no futuro, estará disponível um automático de 8. Não adianta falar de eficiência ou tempo de pista: quem gosta de dirigir está preocupado com isso apenas, dirigir, e nesse aspecto o câmbio manual continua imbatível. Quem se importa que uma dupla embreagem faz você ganhar incríveis 0,48367 segundos por volta numa pista? Quanto tempo você passa no seu carro em estradas, e quanto tempo em “track days”? Tem certeza que esses “segundos a menos” na pista valem o custo de deixar a diversão para um computador, e não para você?<br />
<br />
Estou divagando, mas realmente me sinto muito feliz que o Corvette, ao contrário de tantos outros tristes exemplos, mantenha a opção do câmbio manual. Outro motivo de grande alegria para os fãs: a fábrica manteve o famoso teto rígido removível, que agora é de fibra de carbono, assim como o capô, e que é facilmente guardado dentro do porta-malas. Presente no Corvette desde a 2ª geração, o teto removível pode vir pintado na cor do carro ou na aparência natural da fibra, ao gosto do freguês, e faz do Corvette um “cupê-targa”. A opção de um segundo teto transparente, de acrílico, também continua presente. <br />
<br />
O carro foi apresentado agora, mas só vai estar disponível no final do ano, já como modelo 2014. Estou ansioso para ver pessoalmente...<br />
<br />
Mais informações sobre o carro no site oficial: <br />
<a href="http://www.corvettestingray2014.com/">www.corvettestingray2014.com</a><br />
<br />
E aqui, em português, o melhor conteúdo “on line” do Brasil a respeito do Corvette (de todas as gerações, não só desta última): <br />
<a href="http://corvettebrasil.blogspot.com.br/">http://corvettebrasil.blogspot.com.br/</a>Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-34222584780778116322012-10-24T08:36:00.000-07:002013-01-15T12:31:32.684-08:00Feliz Dia do Professor!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4UEO-ZxJ8zE_bxjFt249djBO_hxo79cMMeArg8TG6bD4PjBukv3k6Ugw6Si8eujVJjqZhwJrMpYVWahKlzqGIu5BS3jnj0ubHy9c0ALNSIpaJNK7pQrd3X_Xjam-dXhWvfT064Qjs3Ts/s1600/546808_442571085789257_459041946_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4UEO-ZxJ8zE_bxjFt249djBO_hxo79cMMeArg8TG6bD4PjBukv3k6Ugw6Si8eujVJjqZhwJrMpYVWahKlzqGIu5BS3jnj0ubHy9c0ALNSIpaJNK7pQrd3X_Xjam-dXhWvfT064Qjs3Ts/s320/546808_442571085789257_459041946_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Eu cursei o ginásio há tanto tempo que, naquela época, se chamava “ginásio” (equivale ao ensino fundamental de hoje). Tive uma professora de biologia que, em pouco tempo, deixou transparecer que não seria muito capaz de impor disciplina à turma e, mais ainda, que tinha bem pouco conhecimento da matéria (o colégio era tão ruim que a maioria dos professores era “emprestada” de outras matérias ou até de outras profissões). O que, claro, era a combinação perfeita para despertar o pior possível em termos de comportamento.<br />
<br />A turma, então, era particularmente cruel com aquela professora que, nos seus piores momentos, chegava a nos proferir uma “praga”: <em>“a minha vingança é saber que, dessa turma, como de todas as turmas, pelo menos um vai ser professor!”.</em> <br />
E eu ria daquilo comigo mesmo: “Há!! Eu, hein? Eu vou ser é advogado!”<br />
=))<br />
Parabéns a todos nós, professores :-)<br />
<br />Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-69709009242371164862012-07-10T16:29:00.000-07:002012-07-14T18:00:12.376-07:00A Lenda do Voto Nulo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuIYJgQy0kdRvYzPg4STX5vT2CHnSd3Z48-J7ck6G91owRJE2ii1eGy2Tr9gAgEYQqoty3zbJcAx1cJSRSqZwNxgqz1NOdSDdQ-a0x85OaWYOGaiWetij_igW_MY6mR8tXyaMjWxrBJ0U/s1600/urna_eletronica_66.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuIYJgQy0kdRvYzPg4STX5vT2CHnSd3Z48-J7ck6G91owRJE2ii1eGy2Tr9gAgEYQqoty3zbJcAx1cJSRSqZwNxgqz1NOdSDdQ-a0x85OaWYOGaiWetij_igW_MY6mR8tXyaMjWxrBJ0U/s400/urna_eletronica_66.jpg" width="350" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse é mais um dos “mitos jurídicos”, aquelas lendas malucas que pairam sobre o mundo do direito e que volta e meia insistem em ressurgir das trevas para assombrar os incautos. Esse mito em particular, ao contrário daquele de que “advogado é doutor” – que é só uma bobagem sem maiores consequências –, acaba tendo efeitos muito sérios, porque influencia na crucial decisão dos cidadãos a respeito de quem escolherão como candidatos. E, com a proximidade das eleições, pululam e-mails e mensagens em redes sociais propagando mais esse mito... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diz a lenda que, “segundo a lei”, se houver maioria absoluta (50% mais um) de votos nulos, a eleição seria anulada e outra realizada em seu lugar. Há ainda uma outra versão do mito que acresce um detalhe: na nova eleição que vai ser convocada, só podem se inscrever candidatos que não tenham participado da anterior. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Ocorre, porém, que ambas as informações são completamente falsas.</em> A lei eleitoral não diz nada disso – muito ao contrário, afirma que os votos nulos são simplesmente desconsiderados.
O que exige nova votação é a anulação da própria votação, o que não tem nenhuma ligação com voto nulo! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Veja os artigos da lei eleitoral: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Art. 220. É nula a votação:
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei;
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>II - quando efetuada em folhas de votação falsas;
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas;
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios.
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 135. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e o encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das partes.
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>...
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>
...
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>§ 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador Geral, que providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição.
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>§ 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo o Ministério Público promoverá, imediatamente a punição dos culpados.
</i>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Veja a íntegra da lei aqui: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4737.htm">http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4737.htm</a>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quer dizer, só nesses casos gravíssimos é que a Justiça Eleitoral (não o eleitor) irá <b>anular a votação inteira</b>. Isso não tem nenhuma relação com voto nulo ou em branco!
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Complementando, veja o que diz a Lei 9.504/97:
</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>...
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.
</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou seja: votos brancos e nulos são simplesmente desconsiderados. Esses votos são um prêmio para os corruptos e maus políticos em geral, porque fica mais fácil de se elegerem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, não existem atalhos. Voto nulo não gera nada além de transferir a responsabilidade para os outros eleitores e deixar o caminho livre para que os piores cheguem ao poder.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É verdade que, em alguns casos, os partidos nos deixam com a escolha entre o ruim e o pior, mas isso não muda nossa responsabilidade. O processo eleitoral precisa ser profundamente reformulado no Brasil, é verdade também (o ponto mais importante, a meu ver, é a adoção do voto distrital), mas a responsabilidade final e maior continua sendo do eleitor.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a conta pelas más escolhas também.</div>Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-80737294927383613832012-03-13T18:58:00.004-07:002012-03-13T19:04:47.998-07:00Flex bom mesmo vai ser flex com turbo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQgBcvPJRozdNvBC6-XUzZhJ8HHJHkyVbpC6T1knAPi7KsvFrCco6W6_QVdeTDOsQfNTvdmR-NZehSt62ImaTYFT8owYiC1ePX2j1EaJKBxy9dfgVz8PSelnj-sIDwvpqe-A4-MZWfdY4/s1600/Omnivore2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 219px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQgBcvPJRozdNvBC6-XUzZhJ8HHJHkyVbpC6T1knAPi7KsvFrCco6W6_QVdeTDOsQfNTvdmR-NZehSt62ImaTYFT8owYiC1ePX2j1EaJKBxy9dfgVz8PSelnj-sIDwvpqe-A4-MZWfdY4/s400/Omnivore2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5719567602957654450" /></a><br />Muito já se disse sobre todas as mazelas do Pro-álcool e todo o dinheiro que o país desperdiçou com subsídios estatais para satisfazer os delírios de “Brasil potência” da ditadura militar – que incluíram, até, a grave crise de abastecimento de 1989. Tempos depois, com o fim do subsídio, o álcool etílico se tornou competitivo graças ao próprio mercado (como sempre deveria ter sido...), via melhorias na produção e aumento do preço do petróleo. Hoje, sem subsídio nenhum, o etanol tem custo atraente em boa parte do país, mesmo com o preço da gasolina e do diesel artificialmente baixos. Pois é, o preço dos derivados de petróleo é artificialmente segurado graças a – de novo! – decisões populistas que vão custar caro no futuro. (Não vou tratar do fato de a gasolina brasileira, além da baixíssima qualidade, estar entre as mais caras do mundo; o preço dela está “baixo” para os patamares brasileiros, bem entendido).<br /><br />De qualquer maneira, o fato é que as fabricantes (por favor, jamais chame uma fabricante de “montadora”. Elas não juntam pecinhas de Lego...) de veículos oferecem quase 100% dos veículos feitos aqui a tecnologia “flex”, ou seja, a possibilidade de usar gasolina, etanol ou qualquer mistura dos dois. Assim, seja qual for a barbeiragem que o governo de plantão faça, o consumidor sempre tem a opção de escolher qual combustível quer (só por curiosidade, lembram do Siena Tetrafuel, que também rodava com gás natural e gasolina sem álcool anidro?...). <br /><br />Isso se consegue, essencialmente, graças a sistemas de injeção eletrônica bastante evoluídos. Eles detectam o tipo de combustível que está alimentando o motor em centenas de medições por segundo e o fornecem em quantidades muito precisas para aquela demanda de potência, naquele instante e com o tanto de ar necessário. <br /><br />Tecnicamente, porém, esses motores enfrentam um problema sério: a taxa de compressão é fixa, determinada pela própria estrutura física do motor. Não há eletrônica que dê jeito nisso. Além disso, um motor que fosse especificamente projetado para o etanol poderia ter taxas de compressão muito mais altas do que a suportadas pelos motores que também trabalham com gasolina (poderíamos estar em algo como 14:1 ou até 15:1). O motor flex, obrigado a ficar num meio termo entre os dois combustíveis, acaba sendo menos eficiente do que o motor específico para um só (algo em torno de 35%; os flex ficam por volta de 30%). <br /><br />Existem projetos complicadíssimos de motores que alteram sua taxa de compressão para resolver isso: uns modificam, em pleno funcionamento, a estrutura do bloco; outros alteram a forma e o tamanho do cabeçote (o da imagem acima é o Omnivore, da Lotus. Veja um vídeo legal do funcionamento dele aqui: http://www.youtube.com/watch?v=fIG9pWldO8U ). Penso que são exercícios interessantíssimos de engenharia, mas o resultado final vai ser, inevitavelmente, caro e complicado – e talvez pouco confiável na mesma proporção. A solução, penso, se chama turbocompressor. <br /><br />O famoso turbo usa a energia que seria desperdiçada pelos gases de escapamento para girar uma turbina (daí o nome), que “sopra” mais ar para o motor – resolvendo o velho problema do fornecimento de ar dos motores aspirados. Não é à toa que, com turbo, motores pequenos conseguem potências só alcançadas por motores muito maiores. <br /><br />Essa vai ser, penso, a solução definitiva para a maior eficiência do motor flex – e finalmente permitir o melhor dos dois mundos para o consumidor. Detectada uma gasolina de baixa qualidade, a central eletrônica baixa bastante a pressão do turbo; com gasolina melhor, a pressão pode ser aumentada. A tecnologia para fazer isso é simples; o Golf GTi já dispunha dela há tempos – e era exatamente por conta da qualidade da gasolina que sua potência variava entre 180cv e 193cv. <br /><br />Adaptar essa tecnologia para o etanol será razoavelmente fácil; o maior desafio vai ser produzir bicos injetores que suportem um “delta” tão largo (uma variação entre as quantidades de gasolina em marcha lenta até as quantidades extremas de etanol puro em aceleração máxima). Comparado ao desafio inicial do próprio flex, porém, esse vai ser moleza. <br /><br />O flex turbo pode ser preparado para economia em carros populares; para potência em esportivos; ou para um misto dos dois, ou até, em carros mais caros, em opções selecionáveis pelo motorista entre um extremo e outro. Nos luxuosos e esportivos o turbo já é usado há muito tempo; com essa tecnologia se tornando cada vez mais popular, está mais do que na hora de termos um turbo, de fábrica, que aproveite as qualidades superiores do etanol. Quem tem turbo “mexido” entende bem dessas vantagens... Só falta a confiabilidade de fábrica!<br /><br />Isso, claro, até os híbridos com turbinas não se tornarem a regra no mercado... Como este aqui: http://www.jaguar.com/gl/en/about_jaguar/project_c-x75/innovation ! A turbina, por não ter movimento reciprocante, apenas giratório, dura mais e tem eficiência muito maior do que os motores a pistão... E o “flex”, nesse caso, é bem mais radical: ela aceita gasolina, etanol, metanol, diesel, biodiesel, gás natural...Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-75488051796646200472012-02-09T14:03:00.000-08:002012-02-09T16:33:31.276-08:00Doutor é quem fez doutorado (ou “às vezes a vaidade é maior do que a própria lei”)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkV6hdHPapu1FM4rdNIn15waStXpUorixrEBRGMwZn5O2tTlPcdqs661CvfrV1QL2xrBYr0LXhdDnr1iPu9QEEQyWYmFC2tOeyafef4e0zwqq2QbP7VpthpL73RBxZQ-XAQ9Q8Ia6zapI/s1600/dandi_1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 296px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkV6hdHPapu1FM4rdNIn15waStXpUorixrEBRGMwZn5O2tTlPcdqs661CvfrV1QL2xrBYr0LXhdDnr1iPu9QEEQyWYmFC2tOeyafef4e0zwqq2QbP7VpthpL73RBxZQ-XAQ9Q8Ia6zapI/s400/dandi_1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5707261989832108402" /></a><br /><br />Do mesmo modo que existem as “lendas urbanas”, existem também no mundo do Direito as “lendas jurídicas” – histórias claramente absurdas mas que, por motivos que a razão ignora, vão se perpetuando no tempo e às vezes até adquirindo ares de verdade incontestável. Uma, em particular, é especialmente resistente, talvez por conta de costume arraigado (mas nem por isso menos errado), talvez por causa da invencível vaidade humana: a de que bacharéis em Direito “mereceriam” (vaidade, sempre a vaidade...) ser chamados de “doutores”. <br /><br />As origens da lenda variam conforme o “contador do causo”; às vezes o motivo da pérola seria um “decreto real de Portugal” (hein?), noutras um “alvará” (ai, socorro...) que “determinaria” que “bacharel também é doutor” (socorro ao quadrado...). A versão mais famosa, porém, é a de que D. Pedro I, na mesma lei que determinou a criação dos cursos jurídicos, “inventou” que o bacharel teria o “direito” ao título de doutor. <br /><br />A história, claro, é completamente falsa. Para não alongar muito, vamos logo à letra do texto da Lei de 11 de Agosto de 1827, que é a norma que criou os cursos de Direito no Brasil (em Olinda e no Largo de São Francisco – esse é o motivo, a propósito, de por que 11 de agosto é o dia do estudante e também o dia do advogado): <br /> <br /><em>Art. 9.º - Os que freqüentarem os cinco annos de qualquer dos Cursos, com approvação, conseguirão o gráo de Bachareis formados. Haverá tambem o grào de Doutor, que será conferido áquelles que se habilitarem com os requisitos que se especificarem nos Estatutos, que devem formar-se, e sò os que o obtiverem, poderão ser escolhidos para Lentes. </em><br /><br />Ou seja, a lei dizia exatamente O CONTRÁRIO do que afirma a lenda: quem se forma no curso de Direito tem grau de “bacharel”, enquanto que o título de doutor seria reservado àquele que obtivesse tal grau, segundo as regras que seriam estabelecidas para isso pelos estatutos das faculdades recém-criadas – ou seja, o obtivessem no curso de doutorado. E só quem tivesse o grau de doutor poderia ser escolhido como “lente” (o que hoje seria o “livre-docente”). <br /><br />Uma variação ainda mais absurda da lenda dizia que a “habilitação de doutor” não seria o curso de doutorado, mas sim o ingresso na OAB (ó, resistente vaidade...). Quem inventou essa bobagem não se deu ao trabalho de pesquisar alguns segundos na internet e descobrir que a OAB só foi criada no anos 1930, ou seja, mais de cem anos depois da promulgação da lei... <br /><br />É óbvio que essa lei não está mais em vigor, mas o importante é notar que NUNCA existiu a norma que a lenda propaga. Em tempos outros, talvez fosse justificável a dúvida, dada a dificuldade de se saber se uma lei antiga existiu mesmo ou não. Nos tempos atuais, em que tudo está ao alcance e ao tempo de um clique, é difícil entender como uma tolice dessas proporções continua fazendo adeptos. <br /><br />Não acredita? Veja a íntegra da lei aqui: <br /><br />http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_63/Lei_1827.htm<br /><br />“Mas e o costume?”, dirão alguns. Ora, também há um “costume” de se dizer “menas” e é errado na mesma proporção. <br /><br />Que leigos cometam esse erro é compreensível; não houve ninguém a ensiná-los. Temos nós, que tivemos a oportunidade de estudar, o dever de esclarecer a quem assim desejar. Pior (muito pior) são <em>professores de direito </em>propagarem o erro – aí é imperdoável.<br /><br />Enfim, advogado não é doutor. Juiz não é doutor (a propósito, aproveite e pare de chamá-lo assim no endereçamento das petições!). Médicos e quaisquer outros profissionais também só serão doutores se e somente se cursarem uma pós-graduação <em>stricto sensu</em> chamada “doutorado” (ó, incrível descoberta!). <br /><br />Uma questão final: “doutor” é título acadêmico. “Doutor” não é “pronome de respeito”, nem muito menos título profissional. Então, mesmo que tenha doutorado, só faz sentido chamar alguém de doutor no ambiente acadêmico, não no profissional. Se um advogado tiver título de mestre, o juiz deve chamá-lo de “mestre” na audiência? Ou o promotor ao juiz, ou este ao delegado? Claro que não. Então, é exatamente da mesma forma para o título de doutor. Ou, mais claro ainda: se fora do ambiente profissional o juiz tiver o <em>hobbie</em> de colecionar selos, você vai incluir isso no endereçamento da petição?...<br /><br />Então, de uma vez por todas, diga não às lendas! :-)Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-59251665185166147992011-10-12T04:21:00.000-07:002011-10-12T04:31:10.520-07:00Voto Distrital: vereador de luxo?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXXJniaKNuBhxMlu4_wmyOoyGQQs9dUjGS-mhIfgdA2jp_ZCVGXCaTh9oYeUrqTlrjk5dqoAqw_cC9G5tg_28PKKsqRyncqaAb7M3AZFM2QI4Xp7F12EBw2A5rhQEQBaoVeZS_d8poaHs/s1600/1282.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 390px; height: 378px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXXJniaKNuBhxMlu4_wmyOoyGQQs9dUjGS-mhIfgdA2jp_ZCVGXCaTh9oYeUrqTlrjk5dqoAqw_cC9G5tg_28PKKsqRyncqaAb7M3AZFM2QI4Xp7F12EBw2A5rhQEQBaoVeZS_d8poaHs/s400/1282.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5662566566998258674" /></a><br /><em>Sir </em>Winston Leonard Spencer-Churchill foi, na opinião de muita gente (e eu me incluo entre eles), o maior estadista do século XX. Desde muito cedo tentou alertar o mundo sobre o perigo que representavam Hitler e seu nacional-socialismo, foi peça chave durante todo o decorrer da guerra e teve enorme importância na vitória final dos aliados. Talvez ele tenha sido, isoladamente considerado, o maior responsável por essa vitória – o que significa, em última instância, que é em grande parte graças a ele que eu, você e o resto do mundo não sejamos, hoje, escravos em um campo de concentração nazista. Churchill já tinha seis livros publicados aos 26 anos, foi um dos maiores oradores de todos os tempos e foi ainda vencedor do Prêmio Nobel de Literatura (1953) por sua espetacular obra “A Segunda Guerra Mundial”. <br /><br />A par desses fatos largamente conhecidos, há dois outros que quero destacar aqui: 1. ele iniciou sua carreira política como deputado e 2. <em>como é sabido, os deputados no Reino Unido, da mesma forma que na maioria das democracias consolidadas, são eleitos com base no voto distrital.</em> Churchill, o insuperável estadista que enfrentou e venceu o nazismo, foi eleito pelo voto distrital. <br /><br />Nos debates sobre reforma política de que tenho participado, um dos argumentos que alguns tentam usar contra o voto distrital é que essa forma de eleição transformaria o deputado em algo que chamam de “vereador de luxo”. E a primeira coisa em que penso quando ouço isso é, justamente, em Winston Churchill. <br /><br />Claro, bastaria isso para encerrar a questão – teria sido Churchill então um “vereador de luxo”, seja lá o que isso signifique? Mas vamos aprofundar um pouco a discussão. <br /><br />Como se sabe, o sistema de voto distrital divide os eleitores em grandes distritos, e cada um desses distritos elege seu deputado – o que gera incontáveis vantagens sobre o sistema absurdo de “voto proporcional” que o Brasil utiliza atualmente. Para alguns críticos, porém, o voto distrital faria imediata e automaticamente (para não dizer “por mágica”) com que o deputado, ao invés de se preocupar com as grandes questões nacionais, fosse cuidar apenas das picuinhas de seu próprio distrito. <br />Mas há então que se perguntar: o que gera essa vinculação entre uma coisa e outra? Qual é, exatamente, a relação de causa e efeito entre elas? Ora, nenhuma, rigorosamente nenhuma. A escolha do deputado é, sim, feita no distrito, mas porque diabos o deputado iria se preocupar somente com os problemas do distrito? Só mesmo mágica para explicar essa pretensa relação. <br /><br />Os <em>eleitores</em> daquele distrito obviamente estão preocupados com as grandes questões nacionais – saúde, educação, corrupção, segurança, inflação. Então, se o deputado quiser se reeleger na próxima eleição, ele vai ter de se preocupar com elas também. Se, ao contrário, ele pretender ter um péssimo resultado eleitoral, basta agir como o tal “vereador de luxo”. Numa democracia saudável, isso será suficiente para que a grande maioria dos eleitores de seu distrito nem pense em votar nele de novo. <br /><br />É assim, aliás, que as coisas funcionam na maior parte das democracias do mundo (Estados Unidos, Japão, França, Itália, Austrália... e, claro, Reino Unido) e em nenhuma delas se tem notícia de que os deputados tenham deixado de lado as mais importantes questões nacionais para se tornarem “vereadores de luxo”. Isso simplesmente <em>não aconteceu </em>em nenhum desses países. Muito ao contrário: com a fiscalização superior proporcionada pelo voto distrital aos eleitores, os deputados ficam ávidos por “mostrar serviço” e fazer um bom trabalho exatamente nas grandes questões, não nas picuinhas. Eles sabem que a sobrevivência política deles depende disso. <br /><br />Em resumo, a teoria não se sustenta e a prática demonstra o exato oposto. E Churchill, no especial lugar que lhe foi reservado no Paraíso, certamente dá boas gargalhadas toda vez que escuta essa conversa de “vereador de luxo”. <br />Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-23088197500083676122011-09-25T10:06:00.000-07:002011-09-25T10:11:18.583-07:00Novo Corvette<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT_ioa2xVruFiwPC0gjORSStzJBZvdCjTHFxFxzER0bJnVVAC0Zl8FvshQOtfa1zCp72syJRZoJL4kLwQ9yFpAUtZxao-wme_MP5CXZPlC0j1nDsvuMzCa97sGJiwz_xB-WPY8D5kK54E/s1600/SIDESWIPE-Corvette-3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 218px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT_ioa2xVruFiwPC0gjORSStzJBZvdCjTHFxFxzER0bJnVVAC0Zl8FvshQOtfa1zCp72syJRZoJL4kLwQ9yFpAUtZxao-wme_MP5CXZPlC0j1nDsvuMzCa97sGJiwz_xB-WPY8D5kK54E/s400/SIDESWIPE-Corvette-3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5656344887926174114" /></a><br /><br />Hum, será que é assim que vai ficar?...Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-82008323702984882792011-07-04T16:02:00.001-07:002011-07-04T16:07:18.200-07:00A Arte do Risoto, ou como não arruinar um jantar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6V0_EXtYuw8B_PNFi8lHn7vT8nKFeW9vNUaYnhUdOXxYHOGN9U3yk2a8PtWoXc7-3-QxENaZWWHCGZwgZH8JfYaUrOiT55rSAF60XYfsU0TuS7bspKi7uPLQ-LQVFBzwJZiSMzW_sGss/s1600/vegetable-risotto-recipe.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6V0_EXtYuw8B_PNFi8lHn7vT8nKFeW9vNUaYnhUdOXxYHOGN9U3yk2a8PtWoXc7-3-QxENaZWWHCGZwgZH8JfYaUrOiT55rSAF60XYfsU0TuS7bspKi7uPLQ-LQVFBzwJZiSMzW_sGss/s400/vegetable-risotto-recipe.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5625636594704824034" /></a><br /><br /> Risoto, além de ser um clássico, é sofisticado e nunca enjoa. Versátil, é possível fazer risoto de quase tudo (o que gera desde combinações brilhantes até invencionices intragáveis, mas deixa isso pra outra hora), fazendo dele o acompanhamento perfeito em qualquer jantar mais elaborado. É uma refeição tão rica que, conforme o caso, pode deixar de ser acompanhamento para se alçar a prato principal. <br /><br /> Apesar disso tudo, não é muito fácil de fazer. Existem boas receitas na internet, mas alguns cuidados são indispensáveis para um bom risoto. Vou explicar os principais. <br /><br /> O primeiro, como em qualquer receita, é a escolha dos ingredientes. Já vi bons risotos feitos com tipos variados de arroz, mas o clássico é mesmo o de arroz arbóreo. Ele contém uma quantidade de amido muito maior do que o arroz comum – e é esse amido, quando corretamente desprendido do grão, que dá ao risoto sua consistência pastosa característica. Não adianta tentar fazer risoto com arroz agulhinha: pode ficar um delicioso “arroz agulhinha com alguma coisa no meio”, mas definitivamente não será um risoto. <br /><br /> Todo o resto decorre daí: por ter mais amido, o risoto exige uma quantidade muito maior de água do que o arroz comum. Como regra geral, será algo próximo de três partes (volume, não peso) de água para uma de arroz (o arroz comum exige algo em torno de 1,5 para 1). Essa água precisa estar muito quente e ser adicionada aos poucos, justamente para que se consiga a liberação do amido. <br /><br /> Esqueça os caldos industrializados (aqueles que vêm em cubinhos) e faça o seu próprio. Se vai fazer, faça direito! Caso contrário, já compre de uma vez aqueles “risottos prontos”...<br /><br /> O outro ponto fundamental, que é normalmente onde todo mundo erra: risoto exige esforço. E é “esforço” físico mesmo, que significa mexer vigorosamente o arroz durante todo o processo. É cansativo, especialmente com quantidades maiores, e por isso muita gente desiste no meio da receita; só que, sem isso, nosso querido arroz arbóreo não libera seu venerando amido, fica duro por dentro e o resultado é um desastre. É exatamente por exigir tanto movimento com a colher que a água deve ser acrescida aos poucos, já que não há como mexer corretamente o arroz se toda a água for jogada de uma vez. <br /><br /> Os ingredientes adicionais (abobrinha, pato, frango, seja lá do que você for fazer o risoto) já devem estar cozidos (ou assados, ou o que você preferir) porque são juntados quando o risoto já está quase pronto. É outro erro comum achar que “tudo vai para a panela” e submeter a pobre da abobrinha à mesma tortura do arroz... Lembre-se: abobrinha não tem amido para liberar! Acredite em mim e também não tente extrair amido de pato, funghi, rúcula ou qualquer outra coisa que não seja o próprio arroz, ok?<br /><br /> A manteiga é essencial para o sabor e para a cremosidade; porém, por ser um ingrediente mais delicado, deve ser juntado somente ou final do processo (não, não dá certo jogar a coitada da manteiga no meio daquela água toda!) ou logo no começo, antes da água, para refogar o arroz (eu gosto de dividi-la na metade para fazer as duas coisas). O parmesão, pelo mesmíssimo motivo, só é juntado ao final. Ambos são mexidos para homogeneizar, mas com delicadeza. <br /><br /> O “ponto” do risoto exige atenção. Ele deve ser pastoso, mas o interior dos grãos tem de manter uma certa firmeza ao morder (“al dente”). Se ficar tempo de menos (ou com água de menos) os grãos ficarão muito duros e sem gosto; se cozinhar tempo demais (ou com água demais) vai deixar de ser “pastoso” e virar “quase sopa”. Com o tempo, você pega prática e vai saber o momento de tirar do fogo só de olhar; até lá, não se acanhe e vá experimentando a receita até chegar ao ponto certo.<br /><br /> Então, resumindo, se você quer fazer risoto, você precisa, essencialmente, da seguinte receita: boa matéria prima, conhecimento adequado e bastante esforço. <br /><br /> Receita, aliás, que se aplica a praticamente tudo de bom que existe na vida :-)Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-87755593133313447032011-05-30T16:34:00.000-07:002011-07-04T16:07:53.868-07:00Corvette C7<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIG30DJYCAWeJhor62l25hUC2-JFEGrwZbSURh4f7Djaz1iFUPngZQG79vq5HQl1BFh32jYT_BTIvkr22VwF2b_rptXTifw9CMW_lhBwiUVj6gWW3Kn-eg83XUS5FKzrcIqrQwJK-2qDc/s1600/Corvette+C7.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIG30DJYCAWeJhor62l25hUC2-JFEGrwZbSURh4f7Djaz1iFUPngZQG79vq5HQl1BFh32jYT_BTIvkr22VwF2b_rptXTifw9CMW_lhBwiUVj6gWW3Kn-eg83XUS5FKzrcIqrQwJK-2qDc/s400/Corvette+C7.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5612658265875774018" /></a><br />Está confirmado: o Corvette de sétima geração (C7) chega em 2012, já como versão “2013” para comemorar os 60 anos do carro. Não se sabe exatamente como ele será, mas já foi divulgado que vai ser baseado no famoso “Corvette Concept”, exatamente aquele que fez rápidas aparições no filme Transformers II. Com base nesse conceito é que foi elaborada a imagem acima – como um reflexo do Geração II, o mítico Stingray. A propósito, o próprio nome “Stingray” deve ser retomado. <br /><br />Pouco se sabe também sobre as especificações técnicas, mas “os boatos” dizem que várias partes metálicas vão ser substituídas por fibra de carbono para uma redução radical de peso. Além disso, fala-se que o comando de válvulas finalmente sairá do bloco e irá para o cabeçote (o que me faz supor que teremos novamente um Corvette multiválvulas, como já havia sido o C4 de série especial Z06). Presume-se, ainda, que o motor siga o caminho seguido pelos Corvettes de competição, em que a cilindrada diminui um pouco (de 6.2 para 5.5) em prol de maiores rotações. <br /><br />Curiosamente, o mesmo V8 6.2 do Corvette básico (chamado de LS2) tem, em alguns outros carros (como o crossover Escalade), versões flexíveis (que lá rodam com E85 feito de milho). Seria bem interessante um Corvette que, além de multivávulas, também rodasse com álcool, não?...Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-23287181546832048442011-05-13T19:44:00.001-07:002011-05-16T10:02:58.656-07:00Dez Mitos sobre Bin Laden<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLZYZ5roZugP7GopPXxIdISYDcwh1BBPTCtjvt4LltIEGsHeIQrrUdDlY3OpJ3_MiOWUWVIi11d1pXUv24kP2KCfUyqbNxKui53rWiOga2N8PClwkOYg2QyurUuaFXD8gRTZqxKDVNmh0/s1600/charge-alpino-osama-chega-inferno.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 292px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLZYZ5roZugP7GopPXxIdISYDcwh1BBPTCtjvt4LltIEGsHeIQrrUdDlY3OpJ3_MiOWUWVIi11d1pXUv24kP2KCfUyqbNxKui53rWiOga2N8PClwkOYg2QyurUuaFXD8gRTZqxKDVNmh0/s400/charge-alpino-osama-chega-inferno.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607360515337832082" /></a><br /><br />Por ser o homem mais procurado do mundo, era natural que surgissem lendas e mitos variados sobre Bin Laden. O jornalista Jason Burke, do The Guardian (veja a matéria original aqui: http://www.guardian.co.uk/world/2011/may/03/osama-bin-laden-10-myths-cia-arsenal), compilou os 10 mitos mais famosos sobre o terrorista:<br /><br />1. Ele foi “criado” pela CIA<br />Osama Bin Laden nunca recebeu nem dinheiro, nem treinamento dos americanos. Seus seguidores também não. Os guerrilheiros “mujahedin” afegãos é que receberam, no começo dos anos 80. Bin Laden e sua turma chegaram ao Afeganistão bem depois (só para lembrar: menos de 10% dos membros do Talebã é afegão. O resto é todo composto de estrangeiros, especialmente da Arábia Saudita e Egito).<br /><br />2. Ele teria uma enorme fortuna<br />Apesar de pertencer a uma das famílias mais ricas da Arábia Saudita, Bin Laden teve de deixar todos os seus bens quando saiu de seu país em 1991 em direção ao Paquistão (e depois ao Sudão). A família o deserdou pouco tempo depois.<br /><br />3. Ele foi o responsável pela explosão, em 1993, no World Trade Center<br />O terrorista que realizou o ataque, Ramzi Youssef, trabalhava para Khaled Sheikh Mohammed, que só entrou na Al-Qaeda três anos mais tarde.<br /><br />4. Ele enriqueceu com o tráfico de drogas<br />Apesar de essa acusação constar do estudo feito pelo governo britânico logo depois do 11 de setembro, nenhuma prova foi encontrada nesse sentido.<br /><br />5. Ele nunca se expunha ao perigo<br />Apesar de ser falsa a história que ele gostava de contar a respeito de ter enfrentado sozinho um general soviético, testemunhas afirmam que ele participou de combates em Jaji, em 1987, e em Jalalabad, em 1989.<br /><br />6. Ele passou a maior parte do seu período no Afeganistão se escondendo em cavernas<br />Apesar de ter se encontrado com jornalistas numa caverna em Bora Bora, ele vivia numa confortável fazenda próxima dali, na cidade de Hadda. Em 1999 se mudou para Kandahar e, seis anos depois, para o lugar onde foi encontrado pelos americanos. Não há nenhuma prova de que ele tenha morado em cavernas.<br /><br />7. Ele levava uma vida de farra em Beirute antes de se tornar religioso<br />Não há nenhuma prova nesse sentido: tudo que se apurou indica, ao contrário, que ele era tímido e quieto. Ele se casou jovem e passava muito tempo lendo textos religiosos.<br /><br />8. Ele estava à beira da morte por causa de uma doença nos rins<br />Havia relatos de a respeito de algum problema nos rins mas certamente nada que pudesse levá-lo à morte. Suas dores nas costas eram, provavelmente, originárias da sua altura (1,95m) e de sua vida quase sedentária.<br /><br />9. Ele ordenou ataques na Chechênia, nas Filipinas, na Indonésia e teria uma vasta rede de terrorista ao sul do Saara, na África do Sul e até no Paraguai<br />Vários governos e agências de inteligência fizeram essas afirmações, mas nenhuma prova nesse sentido foi encontrada.<br /><br />10. Ele torcia pelo time de futebol Arsenal, da Inglaterra<br />A torcida desse time grita “Osama, Osama, está escondido em Cabul e ama o Arsenal”; apesar disso, não há nenhuma prova de que ele se interessasse pelo futebol britânico.Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-19549498216259323452011-05-06T10:38:00.000-07:002011-05-06T10:45:24.970-07:00Obama Pegou Osama...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB11PmrKeS31_P8vSQFHdzhAc6erBCMIdFYI8IMO2NmeI36TZtJQQZ_Pl2SBOpFF-UnDppoyt2a2l2oh5HfVWuHU0hOEjnmNKAeN1ndLoAhK0UagKYcrIgiTwcSBuoEnuVbpkTGwQ96dY/s1600/mid-President_Obama_on_Death_of_Osama_bin_Laden_ogv.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 225px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB11PmrKeS31_P8vSQFHdzhAc6erBCMIdFYI8IMO2NmeI36TZtJQQZ_Pl2SBOpFF-UnDppoyt2a2l2oh5HfVWuHU0hOEjnmNKAeN1ndLoAhK0UagKYcrIgiTwcSBuoEnuVbpkTGwQ96dY/s400/mid-President_Obama_on_Death_of_Osama_bin_Laden_ogv.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603659594717333474" /></a><br />E, claro, agora pululam os mitos e as teorias de conspiração. Há quem diga que se trata, somente, de uma jogada eleitoral para favorecer o atual presidente. É mesmo? Fácil assim? Ora, então porque o presidente anterior não fez isso?... John McCain, seu candidato à época, bem que precisava de uma mãozinha!...<br /> <br />Segundo o jornal O Estado de São Paulo, chega a 80,46% o número de leitores que duvidam que Osama tenha morrido. Veja-se: não se trata de analfabetos ou ignorantes, mas de leitores de um jornal de prestígio... A justificativa geral é de que “não acreditam no governo americano”. Mas quem disse que precisam? Também não acreditam na Al Qaeda, que confirmou a morte? Não acreditam na esposa de Bin Laden, que declara que ele morreu na frente dela? <br /> <br />Deveriam, então, ao menos acreditar no próprio Osama: se estivesse vivo, obviamente faria questão de gravar mais um de seus vídeos e expor os inimigos a um gigantesco ridículo. Aliás, era exatamente o que ele sempre fazia toda vez que surgia um novo boato de que ele estava morto ou muito doente. <br /> <br />Talvez, então, ele não esteja morto, mas apenas preso – o que evitaria os vídeos. O risco, porém, de a história vazar, ou mesmo de ele escapar, seria tão alto que é difícil acreditar que alguém fosse estúpido o bastante para tentar algo desse gênero. <br /> <br />Claro que foto, DNA ou qualquer outra prova continuaria sendo inútil para muita gente: os que gostam de achar que “sabem coisas que ninguém mais sabe” acreditam em qualquer bobagem, desde que lhes dê esse gosto de exclusividade – de Papai Noel a invasão alienígena.<br /> <br />Outro fato bem interessante, trazido pelo mesmo jornal pelas mãos da correspondente Adriana Carranca, que vive em Cabul: os afegãos comemoram a morte de Osama muito mais do que os americanos. Não é para menos, se lembrarmos que os ataques de 11 de setembro nos EUA não são, na essência, diferentes do tratamento que o Taleban impunha ao povo afegão. <br /> <br />Como não faltam mitos sobre Bin Laden, no próximo texto vou abordar alguns. Até!<br /> <br />(Ah, claro, alguém reparou o dia em que a morte de Bin Laden foi anunciada? Não? 1º de maio não lhe sugere nada?...<br />...<br /><em>Ocorre que esse é o mesmo dia em que se anunciou a morte de Adolf Hitler...</em>...<br />Mais um prato cheio para teorias da conspiração, numerologias e outras bobagens...)...Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-70499102858816229952011-04-29T13:56:00.000-07:002011-04-29T13:59:46.329-07:00Mais uma teoria da conspiração...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgri4vzA_5GHwde-7W4OFHpFeUKNG0vy9TPCrIra_ZdAFXSqzo4Cq6l8IJSEWkkGOjtouziUYZL7rG4pjRNssZ-oya_XgCKddVeOkkCA8TFHcamLAgA-BAkYKBwa8jvfP0KHJqqCT3zx4/s1600/24f8e1cfdc0d9508_kate-middleton-royal-wedding-makeup.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgri4vzA_5GHwde-7W4OFHpFeUKNG0vy9TPCrIra_ZdAFXSqzo4Cq6l8IJSEWkkGOjtouziUYZL7rG4pjRNssZ-oya_XgCKddVeOkkCA8TFHcamLAgA-BAkYKBwa8jvfP0KHJqqCT3zx4/s400/24f8e1cfdc0d9508_kate-middleton-royal-wedding-makeup.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5601113125139630850" /></a><br />Para os que gostam de teorias da conspiração: a Sra. Catherine Middleton, a partir de hoje Duquesa de Cambridge e futura rainha da Inglaterra, morou durante um bom tempo na Jordânia e é fluente em árabe...<br /><br />Espaço aberto para conjecturas, teorias e especulações :-)<br /><br />(Enquanto isso, na Síria, que é o que realmente importa, continua difícil de saber quais vão ser os desdobramentos dos protestos, ou se as sanções aprovadas vão surtir algum efeito).Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-32068457148378699972011-03-22T17:33:00.000-07:002011-03-22T17:40:53.736-07:00Um Velhinho em Boston<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJEasA3kxrHy-4Q0sBz1ujPj3G6sgzqIHlFQUG0iTCoSsivG2Ouxvu70VfQzEUmFNwcec2yMYLAK7DW9ciof0FFpH_aXam3x8nLSsgVu823liYUoePC6NRMU7ttPgQ3CBAoCFBv3rYcj0/s1600/otpor.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJEasA3kxrHy-4Q0sBz1ujPj3G6sgzqIHlFQUG0iTCoSsivG2Ouxvu70VfQzEUmFNwcec2yMYLAK7DW9ciof0FFpH_aXam3x8nLSsgVu823liYUoePC6NRMU7ttPgQ3CBAoCFBv3rYcj0/s400/otpor.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587067809619207810" /></a><br /><br />Sim, existe um velhinho em Boston! Há muitos, é claro, mas esse é especial. Miúdo, meio encurvado pelo peso de seus 83 anos, ele é simpático e de extrema gentileza; quase patologicamente tímido, nunca se casou nem teve filhos. Mora numa casa muito simples, de tijolos aparentes, num bairro operário no lado leste de Boston, onde planta orquídeas e tenta arrumar espaço suficiente para as várias pilhas de livros. <br /><br />Gene Sharp, além de plantador de orquídeas, é o homem que ajudou o Egito a derrubar Hosni Mubarack. Também é o homem que ajudou a Sérvia a derrubar Slobodan Milosevic e mais um punhado de outras ditaduras.<br /><br />Seu trabalho já era conhecido antes da revolta egípcia, mas é esta a que agora está lhe dando o status de celebridade. Do alto de sua timidez intensa, ele obviamente não dá a mínima para isso; as ditaduras do mundo, ao contrário, estão com cada vez mais preocupadas com suas idéias e com a velocidade com que elas se expandem. <br /><br />Desde 1972, Sharp é professor de ciência política na Universidade Dartmouth, em Massachusetts. Fascinado pelo pacifismo de Einstein e pela doutrina de “resistência não-violenta” de Gandhi, ele resolveu estudar a fundo a natureza e a fonte de poder das ditaduras – e como elas poderiam ser combatidas. Seu trabalho de doutorado foi defendido em 1968 e publicado em 1973 sob o nome de “As Políticas de Ação Não-Violenta”. Com base nos elementos elaborados nesse trabalho, ele escreveu outro, bem curto, direto e acessível, para servir de “guia” aos povos oprimidos: <em>Da Ditadura para a Democracia,</em> traduzido para mais de sessenta idiomas e facilmente encontrado na internet.<br /><br />É fato que as “mídias eletrônicas” (em especial Twitter e Facebook) foram ferramentas importantes para os revoltosos do Egito e da Tunísia, algo que a imprensa do mundo todo tem dado muita ênfase. Mas o quê, exatamente, eles comunicavam por esses meios? O que se divulgava, além de que vinagre e suco de limão no lenço ajudam a minimizar os efeitos do gás lacrimogêneo? A resposta é: as idéias de Sharp. <br /><br />Segundo ele defende, o poder <em>realmente</em> emana do povo, e nenhuma ditadura consegue se manter indefinidamente se for baseada somente na força. Se perder o apóio popular, e se essa retirada de apóio for feita de forma organizada e planejada, nenhuma ditadura se sustenta – e Da Ditadura para a Democracia explica, de forma simples e detalhada, o passo-a-passo de como isso pode ser feito. <br />A resistência pacífica, segundo Sharp, não é apenas moralmente melhor do que o combate pela violência: é mais eficaz. O uso da força é o campo da ditadura, e dificilmente os defensores da democracia podem ser páreo para ela nesse seu terreno próprio. Minar suas fontes de poder, ao contrário, sem uso de armas, é muito mais eficiente. <br /><br />Muito antes das revoltas no Oriente Médio, o trabalho de Sharp já era o livro de cabeceira dos movimentos de libertação na Sérvia e em várias das ex-repúblicas da URSS. O movimento Otpor, da Sérvia, chegou a receber treinamento diretamente do instituto de Sharp (o Albert Einstein Institution, cujo site está aqui: http://www.aeinstein.org/ ). <br /><br />Tal qual seus colegas do leste europeu, o Otpor (que em sérvio significa “resistência”) teve um papel fundamental na queda de ditaduras que até então pareciam invencíveis (nesse caso, a do ditador-genocida Slobodan Milosevic). Não é à toa que, tão logo começou a se organizar, a juventude no Egito tenha procurado auxílio e treinamento com os militantes do Otpor – e o manual básico de todo o planejamento da revolta tenha sido o livro de Gene Sharp.<br /><br />Nada mau para um velhinho introvertido!... :-)Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-41738009759876389902011-02-26T10:57:00.000-08:002011-02-26T10:59:36.841-08:00Dominó no Oriente Médio?Depois dos atentados terroristas em Nova York e em Madri, muito se discutiu sobre o afluxo de imigrantes árabes e muçulmanos nos países ocidentais e os impactos culturais que daí decorreriam. Particularmente no caso do metrô de Madri, alguns aspectos chamavam a atenção: os terroristas eram todos muçulmanos e descendentes de árabes, mas haviam nascido e crescido na própria Espanha. Isso gerou a teoria da “síndrome de desterro”: esses jovens não se sentiriam nem bem árabes (etnia), nem bem espanhóis (nacionalidade). Os pais se reconheciam como estrangeiros e eram gratos à Europa que os recebera e lhes dera boas condições de trabalho; seus filhos, porém, se sentiriam “entre dois mundos” e sem pertencer de fato a nenhum deles; completamente deslocados, acabariam por odiar tanto a Espanha quanto o Ocidente inteiro. Adicione-se isso ao contato com religiosos extremistas, diziam os defensores da teoria, e tem-se como resultado centenas de inocentes mortos barbaramente. <br /><br />Não sei se essa análise está correta. Provavelmente ninguém nunca vai saber, já que os responsáveis estão mortos. Certa ou errada essa explicação, o que é bem provável, todavia, é que tenha ocorrido um fluxo inverso: <em>o contato cada vez maior dos jovens árabes com o ocidente parece ter sido determinante para a série de revoltas recentes batizada de “Primavera Árabe”</em>, cujo último capítulo (até agora...) se dá na Líbia. <br /><br />Os próprios revoltosos no Egito explicaram: o estopim dos protestos contra o governo Mubarak foi a revolta na Tunísia, mas a inspiração de seus objetivos são as democracias ocidentais. O maior contato com elas propiciado nos últimos tempos tornou ainda mais visível as diferenças entre sociedades abertas e as ditaduras em que viviam – e da indignação para a revolta aberta não foi um passo tão longo. Se o resultado da revolução vai mesmo ser uma democracia ainda é cedo para dizer, e muito depende de qual caminho o exército egípcio vai seguir. É notável, porém, que até o momento não haja nada no movimento relacionado a religião: não se fala de influência do islamismo na política, em nenhuma vertente. Não se fala de extremistas – pelo contrário, houve cenas tocantes de cristãos coptas protegendo os muçulmanos durante as orações destes na Praça Tahrir, e em seguida sendo convidados pelo imã a orarem juntos. Não se viu ninguém queimando bandeiras dos EUA ou mesmo de Israel. <br /><br />Nem mesmo a temida Irmandade Muçulmana (autora confessa, no passado não muito distante, de ataques terroristas contra turistas com dezenas de mortos) manifestou interesse em se aproveitar do eventual vácuo de poder. Ao contrário, seus representantes declararam abertamente que não há interesse da organização em disputar a presidência nas eleições que se aproximam (se é verdade ou não, novamente só o tempo vai dizer). <br /><br />O início é promissor, mas os receios da comunidade internacional sobre qual será o final não são sem fundamento: a História está cheia de exemplos de revoluções que tinham por objetivo pôr fim a uma ditadura e que tiveram como resultado ditaduras piores que as anteriores – o exemplo do que ocorreu no Irã em 1979 é bastante eloqüente. <br /><br />Há ainda um aspecto fundamental dessas revoltas de que pouco está se tratando: um velhinho numa casinha, num confim gelado do mundo, cercado de livros por todos os lados. Mas vou tratar de Gene Sharp no próximo texto.<br /><br />Ah, sim, as relações Brasil-Rússia-Ucrânia vão muito bem, obrigado :-)Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-74789504832951444342010-12-25T08:29:00.000-08:002010-12-25T08:30:53.402-08:00Férias e DiplomaciaA maioria entra agora em férias; este escriba, porém, inicia missão diplomática para fortalecer as relações entre Brasil e Rússia. <br />Feliz Natal e até 2011!! :-)Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-80274565382059029052010-12-11T11:03:00.000-08:002017-08-20T07:29:43.291-07:00A farsa da classificação “direita e esquerda”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV9DokEdan4lDmY8nfsugwWcqmGPz70YLQOPLhmWwykkYtqrdciEVO92WNe_-VGyg38xEWzlqwJBtMiKSl9QgcxJEWfL0bCYHpT8l6Yc8kJzgmXrzsFjmSbR0r1JDYTmCTmB1K17k92Fs/s1600/marx_engels_lenin_stalin_Hitler.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV9DokEdan4lDmY8nfsugwWcqmGPz70YLQOPLhmWwykkYtqrdciEVO92WNe_-VGyg38xEWzlqwJBtMiKSl9QgcxJEWfL0bCYHpT8l6Yc8kJzgmXrzsFjmSbR0r1JDYTmCTmB1K17k92Fs/s400/marx_engels_lenin_stalin_Hitler.png" width="400" /></a></div>
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Socialistas são “de esquerda”? Os liberais são “de direita”? Comunismo é “extrema-esquerda” e nazi-facismo é “extrema-direita”? O “centro” seria então uma mistura dos dois extremos? Qual a “régua” que mede exatamente onde fica cada coisa nessa pretensa divisão bidimensional? Hum, que confusão... Na verdade, essas supostas classificações são a manifestação de uma mal disfarçada ideologia anti-liberal – e, acima de tudo, são completamente falsas. Vou provar.<br />
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A origem desses termos bidimensionais é histórica. Na época da monarquia francesa havia o instituto dos “Estados Gerais”, uma assembléia que reunia os representantes da nobreza (“primeiro Estado”) da igreja católica (“segundo Estado”) e do povo (“terceiro Estado”, composto por girondinos e jacobinos). Criou-se o costume, não se sabe ao certo o motivo, de os dois primeiros se sentarem à direita do presidente da assembléia, e os representantes do povo se sentarem à esquerda (aliás, eram exatamente estes que se opunham ao estado totalitário e absolutista, veja que curioso...). Nobreza e igreja, claro, sempre votavam a favor da monarquia e da manutenção de seu poder absoluto; e, com isso, o povo sempre perdia por 2 a 1 – o que, como se sabe, foi um dos fatores que culminaram com a Revolução Francesa em 1789. <br />
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A partir daí, consolidou-se a “nomenclatura” de que “direita” significa elitista, ou monarquista, ou “anti-povo”, ou essencialmente <em>conservador</em> – alguém que quer manter as coisas como estão (nenhuma relação com "conservadorismo" como ideário político). Nessa mesma nomenclatura, “esquerda” passou a significar republicano, ou pró-povo, ou simplesmente <em>revolucionário</em> – alguém que quer mudar radicalmente o modo como as coisas estão. <br />
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Curiosamente, logo depois da revolução, os girondinos, por serem mais moderados, passaram a ser chamados de “direita”; os jacobinos, mais radicais, se tornaram a “esquerda”. Mais tarde, com a restauração da monarquia, os termos, de novo, mudaram completamente de sentido: direita passou a ser pró-monarquia e esquerda, pró-república.<br />
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A simples descrição da raiz histórica dessa divisão já mostra quão pouca relação ela tem com o espectro político moderno. Mas sigamos!<br />
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Conforme já expliquei em outro texto, <em>o nacional-socialismo e seu irmão gêmeo, o fascismo, são simplesmente tipos de socialismo.</em> Essa é a essência e a gênese de ambos, e não a de “opostos” do socialismo. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, essa verdade óbvia era extremamente incômoda para os países socialistas. Seus líderes precisavam vender a idéia de que o inimigo não era um igual, mas um “oposto” do que eles próprios representavam. <br />
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Lênin já havia usado e abusado do esquema "esquerda é socialismo" e "direita é capitalismo". Stalin não teve muita dificuldade em usar uma “atualização” conveniente: o socialismo seria extrema-esquerda; as “democracias burguesas”, liberais ou social-democratas seriam centro e o nazi-fascismo seria extrema-direita (nos EUA, Adorno teve papel fundamental na divulgação desse esquema falso, com seu delirante livro "A Personalidade Autoritária", em que afirma que a origem do nazi-fascismo seria... repressão sexual. Puxa, então não existia repressão sexual antes do fascismo?...).<br />
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Só pelos "autores" já seria possível ver quão pouco crédito a idéia merece; mas é no histórico que essa fraude se mostra por inteiro. A criação, como se vê, é essencialmente ideológica: Stalin quis se identificar como “pró-povo” e “anti-nazista”; ao mesmo tempo, impinge na sua classificação a idéia de que seus adversários são “contra o povo” e “com um pé no fascismo”. A realidade e os fatos históricos comprovam, porém, exatamente o contrário. <br />
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Não é de admirar as bobagens colossais que daí são geradas por essa classificação viciada. Veja um exemplo: o governo Fernando Collor, que fez o mais absurdo e inacreditável ataque do Estado à propriedade dos cidadãos, bloqueando os depósitos em banco, é comumente chamado “de direita”... Ou então, a ditadura militar brasileira, também chamada "de direita", em que no auge do período Geisel tinha quase 80% da economia estatizada...Vá entender! <br />
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Não caia nessa. Chame as coisas pelo que elas são, não pelo esquema falso que os marxistas inventaram (liberais de "liberais", conservadores de "conservadores", social-democratas de... ok, você entendeu). Nem eles acreditavam nessa “régua” que pretende classificar as complicadas divisões políticas num mundinho bidimensional de direita/esquerda. <br />
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No mundo real, essa divisão tola só confunde, ao invés de esclarecer.Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6743196867164166900.post-11138151039841131422010-11-05T09:28:00.000-07:002010-11-05T09:30:04.502-07:00Lula, seus discursos e sua candidataPouco antes do segundo turno, fui perguntado num desses fóruns da vida se eu achava que a provável vitória da candidata Dilma seria decorrência da habilidade verbal de Lula. Que cada voto dela era devido a ele ninguém questionava; mas qual seria o peso, nessa relação, de seus famosos discursos? <br /> <br />Muito pequena, a meu ver. Penso que a popularidade de Lula tem pouco a ver com sua capacidade de comunicação. O ponto essencial, e que não tem nenhuma relação com comunicação ou com “carisma”, é que houve um enorme aumento de renda nos últimos 15 anos por decorrência do fim da inflação. É isso que faz Lula ser popular e é isso que elegeu Dilma; os discursos em que ele fala palavrões ou aparece bêbado têm pouca importância para quem, pela primeira vez, consegue comprar comida suficiente para o mês inteiro. É dessas pessoas que o “imposto inflacionário” sugava tudo e são essas pessoas, incluindo as que não recebem Bolsa Família, que lhe dão são sua aprovação recorde. <br /><br />Falar de incontáveis escândalos comprovados de corrupção não causa efeito nessa imensidão de remediados. Eles não sabem ou não se importam que Lula, no bom e no mau, manteve quase tudo exatamente idêntico ao que havia no governo anterior – e seu grande mérito foi fazer isso na economia, para desespero de seus colegas de partido e para sorte do país e dessa massa de ex-esfomeados. Não adianta dizer que o fim da inflação foi obra do governo anterior, que Lula e seu partido atacaram o Plano Real e votaram contra ele em todas as votações Congresso, nem que Lula (esperto como sempre) colocou como presidente do Banco Central (o “dono do cofre”) um membro histórico do PSDB (ciente que ninguém em seu próprio partido era qualificado). Isso tudo importa pouco para quem passava fome e hoje consegue comprar frango todo domingo. <br /><br />Lula, como comunicador, é na verdade bastante sofrível, mesmo quando fala para o povão. Se não fosse o frango dominical, suas metáforas de futebol e seus palavrões teriam tão pouco efeito quanto suas demais bravatas tiveram nas três vezes em que foi derrotado – o povo, mesmo com pouca educação formal, não é burro como o PT costuma supor. Ninguém, nem mesmo os analfabetos do mais profundo sertão, têm dúvidas das fragilidades intelectuais e de caráter de Lula; seus discursos deixam as duas coisas bem claras. Mas, lá nos confins da caatinga, esse analfabeto e ex-faminto pragmaticamente apóia quem lhe parece responsável pela melhoria em sua vida – e ninguém pode recriminá-lo por isso. <br /><br />Aliás, a própria oposição tem grande responsabilidade nesse processo de permitir que o atual governo se aposse do Real e da estabilidade econômica que tanto condenavam.<br /><br />Lula, mostrando a sagacidade política que, essa sim, é seu grande trunfo, também não mudou absolutamente nada nos pontos que precisavam desesperadamente de mudança. Ele sempre soube, e sempre declarou em seus discursos como candidato, que só com o peso político de um presidente recém-eleito é que o Congresso alteraria alguma coisa nos sistemas previdenciário, tributário e político (a reforma política, em particular, era prometida por Lula “logo nos seis primeiros meses” de seu primeiro mandato). Porém, espertamente, ele ficou bem longe desses vespeiros durante 8 anos, gastando-os em viagens burlescas e colecionando gafes internacionais. Ele sabe que, se tivesse enfrentado esses problemas, os resultados de curto prazo certamente gerariam um desgaste político muito grande. Essa esperta inércia quanto aos grandes problemas é o outro segredo muito especial de sua popularidade tão alta – e o país que pague o preço no longo prazo. <br /><br />Na educação, que é péssima desde sempre e que deveria ser a prioridade máxima do país inteiro, ele cuidadosa e preguiçosamente fez o que faz melhor: nada, rigorosamente nada. Tudo na estrutura educacional, da forma de financiamento à regulamentação dos currículos, da divisão de competências entre os entes estatais à alocação de recursos, tudo permanece rigorosamente intocado. De novo, no longo prazo se pagará o preço dessa popularidade viçosa. <br /><br />Com a sorte de não enfrentar crises internacionais, a única que Lula viu encontrou a economia brasileira tão sólida que aqui passou como “marolinha” – e é exatamente essa a “herança maldita” que ele desbragadamente copia há 8 anos, mesmo a amaldiçoando em público. <br /><br />Mas a esperteza final de Lula, a esperteza maior, foi como se perpetuar no poder. Depois de perceber que proposta de alterar a Constituição para conseguir um terceiro mandato teria um custo político alto demais, ele descobriu um caminho diferente: criou uma candidata que, sem histórico político nenhum, sem ter participado de nenhuma eleição, sem nunca ter recebido um único voto em toda a sua vida, seria em tudo e por tudo completamente dependente dele – e Lula, o político mais esperto que já se viu, encontrou um meio de continuar no poder sem precisar se eleger. <br /> <br />Claro, há um perigo escondido aí – e o homem do povo talvez pudesse explicar a Lula que, “como diz o dito popular”, quem tenta ser esperto demais acaba sendo engolido pela própria esperteza. Ninguém garante que a nova dona da caneta não tome gosto pela coisa e resolva libertar-se de seu patrono. Ou ainda: Lula se orgulha de nunca ter lido nenhum livro, mas os de ficção científica e os de religião talvez lhe ensinassem aquele princípio difícil de fugir de que “a criatura sempre se volta contra o criador”. Por ora, porém, isso ainda é conjectura... <br /><br />Enfim, a força de Lula não está em seus discursos ébrios e mal educados. Na verdade, o que ele diz tem muito pouca importância. O que ele faz, porém, vem definindo os rumos do país inteiro, num nível mais profundo do que se vê a primeira vista. E, pelo jeito, por um prazo muito mais longo do que se poderia supor.Iveshttp://www.blogger.com/profile/14611943064941786058noreply@blogger.com0