terça-feira, 15 de setembro de 2009

Aquecimento Global e Controle de Natalidade

Qual a melhor forma de se evitar a degradação do meio ambiente e, em especial, o famoso aquecimento global? Pesquisa recente deu respaldo científico ao que todo mundo já sabia: o maior problema é o excesso populacional; a grande solução, portanto, é o controle de natalidade.

Há gente demais no mundo – e esse é o maior fator na produção de poluentes.
A espécie humana é vítima de seu próprio sucesso. Sua capacidade de adaptação e a criação de tecnologias (produção agrícola, vacinas, saneamento...) lhe permitiram reproduzir-se num compasso tão grande que está pondo em risco o planeta inteiro. A urbanização e a produção de bens e alimentos para um contingente populacional tão grande é o verdadeiro vilão dos problemas ambientais.

Agora, a London School of Economics acaba de lançar o relatório Fewer Emitters, Lower Emissions, Less Cost (algo como "Menos Emissores, Emissões Mais Baixas, Custo Menor"). Veja a íntegra aqui: http://www.optimumpopulation.org/reducingemissions.pdf

O relatório mostra que o controle de natalidade é o mais eficiente meio de reduzir o impacto do ser humano no ambiente – e, também, é o mais barato.
O estudo foi encomendado pela ONG britânica Optimum Population Trust (OPT) para que seja distribuído às delegações que participarão da reunião das Nações Unidas (ONU) sobre o clima em dezembro, em Copenhague.

Com base nesse estudo, a OPT pretende que o assunto controle de natalidade seja incluído nos debates – no momento, esse é um ponto olimpicamente ignorado toda vez que se discute o tema, qualquer que seja o fórum. Os dados apontam que há “dez mil novos emissores de carbono por hora, 1,5 milhão por dia, 80 milhões por ano” – por emissores de carbono, entenda-se “habitantes” mesmo.

Na análise de custos, a OPT concluiu que cada US$ 7 investidos em controle de natalidade nos próximos 40 anos reduziriam as emissões globais de CO2 em mais de uma tonelada. A pesquisa compara a esse valor o preço calculado por um estudo recente da consultoria McKinsey sobre o custo de mudar-se a matriz energética para a chamada “economia de baixo carbono”, estimado em US$ 32 por tonelada (em 2020).

Já o cálculo do estudo da OPT considera apenas o investimento necessário para atender a demanda não atendida de cerca de 200 milhões de mulheres que engravidam indesejadamente todo o ano. Ou seja, ninguém está sequer cogitando nenhuma media cruel ou ilegal de redução forçada de natalidade: bastaria apenas que houvesse investimentos em planejamento familiar para aqueles que assim desejassem.

O relatório cita um levantamento da ONU que afirma que se essas mulheres tivessem acesso a métodos de contracepção, o número de partos no mundo cairia 72%, o que reduziria as expectativas de população mundial em 2050 em meio bilhão de pessoas.

Além disso (e saindo um pouco dessa pesquisa), as estatísticas vêm reiteradamente mostrando que índices de natalidade excessivamente altos caem de maneira brusca com o simples aumento da educação da população – ou seja, basta dar acesso à educação para que a natalidade naturalmente caia, sem nenhuma necessidade de idéias delirantes de controle forçado. Educação e investimento em planejamento familiar, portanto, são a combinação perfeita.

Quem diria... Camisinha não apenas protege contra AIDS, mas também salva o planeta!!... :-)

Um comentário:

  1. Muito bom, mas complicado de implementar essa ideia em um pais como o Brasil, onde os seus governantes, quando eu digo governantes quero dizer de VEREADOR a SENADOR, são de maioria extramente corrupta e dependente de uma boa população mergulhada na falta de educação, para sempre ser usada como massa de manobra.

    rogeldosenna@yahoo.com.br

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